Rebelde Sem Causa (CD Demo / Independente)
Enfim. Mais uma banda de Niterói, ou melhor, ‘nossa querida Niterói’, lançando CD e eis que recebemos (não lembro mesmo onde, nem quando) o CD da banda Sentido Alterado. Antes de partirmos pro lado musical: A garotada deve ter investido uma grana nesse CD. Bem ou mal o encarte que acompanha o CD tem uma certa qualidade. Se bem que só rola capa (um livretinho contendo letras e contatos, pra falar a verdade). A parte de trás do CD acabou sem nada. Mas vamos falar de som!
Claro que trata-se de uma banda de garotos. Todo mundo novo e começando a dar os primeiros acordes, montar banda e toda aquela história. Mas é bacana dar um pouco de atenção a algumas coisas. Tipo, falta amadurecimento musical. Não tem como comparar uma banda com som difícil de se classificar com uma banda completamente perdida. A Sentido Alterado acaba fincando o pé na segunda opção. Eles, notadamente, não tem a menor idéia quanto ao som que desejam fazer. Simplesmente saem tocando o que vem na cabeça. Não tenho nada com o que ninguém sente com relação a nada, certo? Mas venhamos e convenhamos (sente só a pérola): “Ando sempre pela noite e não quero nem saber se a polícia vai me prender. Já perdi as contas de quando (???) apanhei na rua sem saber ao menos o porquê... O perigo ronda os meus passos digo para meus amigos não o faça que eu faço (???).” Forçou um pouquinho, né? Sem contar que é meio desagradável ouvir a mesma melodia sendo repetida ininterruptamente por quase cinco minutos! E o pior, por um sujeito que, se não está passando muito mal, tem sérios problemas de dicção. O problema é que ao longo das seis (ou seja lá quantas forem) faixas do CD os caras vão se arriscando em diversos ‘estilos’: tem a música que era pra ser parecida com Nirvana (ou Foo Figthers, ou banda Calypso, enfim), tem o momento CPM22, Los Hermanos e por aí vai... Só que eles não acertam em nenhum!!!!!
Falando sério agora: É mais jogo se trancar num estúdio, compor, ensaiar e chegar a uma conclusão quanto ao que se pretende fazer com a própria banda. Fazer som é muito legal, mas não custa nada um pouquinho de discernimento, certo? Sem contar que a garotada até parece saber tocar mais ou menos. Rolam uns ‘solinhos’ e uma viradas de batera mais ousados aqui e ali. Mas falta muito pra chegar a algum lugar... E como falta... Sorte pra eles.
por Rafael A.