terça-feira, 25 de outubro de 2016

Inércia :: Dose dupla de Punk Rock no final de semana!


Na reta final dos preparativos para seu aniversário de dezenove anos, dia 05/11 no Metallica Pub, em São Gonçalo, a banda gonçalense de Punk Rock Inércia (foto) faz seus dois últimos shows antes de sua festa de aniversário, na primeira semana de novembro! Sexta-feira é dia de João Luiz (vocal), Rafael A. (guitarra), Fabiano Camelo (baixo) e Pedro Hertman (bateria) participarem, pela segunda vez, do Festival Bandas das Antigas, no Rock'n'Beer Pub, em São Gonçalo! No sábado, a banda vai ao município de Maricá/RJ, e se junta a outras cinco bandas na primeira edição do evento Hardcore no Boteco, que acontece no Boteco Maricá Alternativo, espaço bem bacana que, além de shows, abriga uma biblioteca comunitária, atendendo a crianças e adolescentes carentes da Região!

Latitude Zero Prod.

Serviços:

28 de outubro :: sexta :: 18h
Festival Bandas das Antigas - 2ª Edição
Shows: INÉRCIA - Repressão Social - Sem Nada
Local: Rock 'N Beer Pub
End.: Rua Pelotas 417, Trindade, São Gonçalo/RJ
ENTRADA FRANCA / Informações

29 de outubro :: sábado :: 16h
1º Hardcore no Boteco
Shows: INÉRCIA - Lacrau - Canella Seca - Agressão Social - DDC - Homens de Verde
Local: Boteco Maricá Alternativo
End.: Av. Pref. Ivan Mundin, 313, Maricá/RJ
Entrada: 1 Livro / Informações

foto: Latitude Zero Prod.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Entrevista :: Monaural


por : Carlos A.

O Monaural (foto) surgiu em SP e durou nove anos consecutivos. Após esse tempo, a banda encerrou as atividades e o vocalista Ayuso mudou de ares e foi morar em Florianópolis-SC, devido a uma profunda depressão que culminou o mesmo com o encerramento da banda. Lá ele continuou criando projetos, tocou bateria em algumas bandas, com músicos locais e resolveu retomar sua banda de origem, tendo em sua formação : Leandro Ayuso (Voz/ Guitarra), Victor Berreta (Bateria), Claudio Vieira (Baixo) e Erick William (Guitarra/voz), junto com um punhado de sons novos. Agora o Monaural continua como um quarteto e voltando a fazer barulho. Confira entrevista cedida pelo vocalista/guitarrista Leandro Ayuso.


FMZ_ONLINE: Já deu pra sentir como é a cena independente de SC?

Leandro: Sim, deu. Desde que cheguei aqui não parei de ir em shows undergrounds pela cidade para conhecer melhor seus artistas locais, suas respectivas casas de shows, etc... e, me deparei com excelentes bandas, pessoal engajado em fazer arte e festivais...mas a cena é sempre aquela coisa : umbigos de ouro, sabe? Aquela coisa de levar o rei na barriga. Ainda existe isso, o tal ego dos artistas, muitos ainda com o ego aflorado demais, outros que tentam desvalorizar e criticar as casas de shows que possuem, mas não saem de lá..., coisas assim, que cresci vendo e vivenciei na cena em São Paulo e já estou acostumado, porém de saco cheio, rs...


FMZ_ONLINE: Sentiu algo de diferente em relação a SP?

Leandro: Sim e não. Não tem como comparar uma metrópole como São Paulo a uma cidade mais provinciana como Florianópolis, mas as coisas aqui acontecem de verdade, tem seus lugares, embora numa proporção muito menor. Afinal, a urbanização, a especulação imobiliária aqui está em alta, problemas como desemprego, violência, miséria, poluição já estão vindo com tudo. É preciso cuidar para Floripa não virar um Rio de Janeiro, se é que já não virou...


FMZ_ONLINE: Como se deu essa retomada após esse hiato de tempo?

Leandro: A banda tocou sem parar desde 2003 até 2009, quando fizemos nossa primeira pausa.

Em 2013, retornamos com um baixista novo e estávamos num processo similar ao de agora, mas por falta de tempo e de interesse dos integrantes que me acompanhavam, acabamos fazendo algumas apresentações sem tempero e o álbum que estávamos preparando acabou engavetado. Após dois anos aqui na ilha, não me contive e reabri a gaveta, lá tinha o produto inacabado do que foi feito em 2013, joguei “tudo” no lixo e agora estamos recomeçando do “zero”, o resgate ao expurgo, foi o primeiro passo para entrosar essa nova formação e na sequência começarmos a trabalhar num novo registro de estúdio.

FMZ_ONLINE: E os novos integrantes, você já os conhecia? Como foi o contato?

Leandro: Os conheci todos pela internet, num chat de relacionamentos....rsrs, coloquei o anúncio e foram aparecendo os interessados, o Claudião, baixista, já tínhamos tocado juntos num projeto embrionário de Stoner em sua casa, mas não perdurou muito, o Erick W., tocava numa banda chamada In.vitro, que conheci pela net também, e o último a aparecer, foi o Victor Berreta que toca na EndofPipe, ele apareceu para cobrir a filha da putagem de um baterista que havia entrado nessa primeira formação e meio que crocodilou contra a banda, com dois shows marcados pulando fora... e agora estamos num quarteto conciso, quatro amigos que conversam, tocam e se divertem durante os ensaios, está sendo muito prazeroso.

FMZ_ONLINE: Com essa nova formação, vocês já tocaram onde? E as novas composições? Continua no mesmo padrão ou acha que mudou algo na estrutura delas?

Leandro: Bem, tocamos num evento no qual eu mesmo produzi e organizei, o Red River Festival, e tipo, foi do caralho, com poucos recursos e muita vontade de quebrar tudo!

As novas composições, bem, elas ainda estão surgindo nos ensaios, fizemos uma versão “a lá D-7” do Wipers para “Sangrar” e “Me drogar até morrer” retornou ao repertório junto de “Cadeia Particular”. O padrão mudou, mudou os músicos, agora temos uma massa sonora mais concisa e equilibrada, todos músicos que fazem parte do projeto já possuem alguma bagagem e todos já estão próximos dos seus 30 anos de idade, tirando eu que sou o mais velho da parada com 35, ou seja agora o foco é achar as devidas referências para dar continuidade e recomeçar algo completamente novo, sem perder a visceralidade do que foi feito anteriormente.


FMZ_ONLINE: Há planos de um novo material pra quando? E o que mudou do início da banda até aqui, em relação a produção independente? E isso tudo beneficia ou atrapalha em certo momento?

Leandro: Sim, começamos ontem a trabalhar na primeira estrutura do que irá ser nossa primeira faixa feita em grupo. A ideia é fazer um disco mais coletivo, mais aberto a novas ideias.

Com relação a produção independente, é certo que mudou, o acesso a bons equipamentos, as produções hoje estão mais elaboradas e registros melhores, feito por quem possui alguma tecnologia full HD e conhecimento para utilizar o mesmo, já dá uma imagem muito mais precisa e real do que é a banda no palco, ao vivo com bons equipamentos. Tudo isso, beneficia quem sabe usar tudo isso sem se esconder atrás disso.


FMZ_ONLINE: Ainda vale empunhar uma guitarra e levar a cena independente adiante?

Leandro: Vale, sempre valeu, é a mesma coisa que perguntar para um skatista das antiga que ainda sai para dar suas bandas de carrinho...se ainda vale à pena cair de skate nas pistas, claro que vale! O prazer de fazer aquilo que realmente gostamos e acreditamos está acima de muita coisa..., acho que se eu parar de tocar nos próximos dez anos, talvez não haverá os próximos dez anos para mim, pois acho que me enforco de tédio antes.

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foto: divulgação

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