domingo, 27 de abril de 2003

Cólera / Shola's bar - Itaboraí - RJ

Pouca gente compareceu ao show que fechou essa mini turnê do Cólera pelo Rio de Janeiro (os caras tocaram dia 25 em Tanguá e dia 26 em Macaé). O espaço, embora pequeno, caiu como uma luva para o que foi o show: uma apresentação bem solta para um público seleto. Uma parte da história do punk rock brazuca foi contada em cima daquele pequeno palco e diante de cerca de sessenta felizardos.

Dava gosto ver a satisfação estampada no rosto dos caras do Cólera tocando seus clássicos. E o público, que começou meio que na dele, rapidamente entrou no clima e fez de fato o show se transformar em uma festa. Em cerca de uma hora e meia, os caras mandaram ver músicas como: Adolescente, Subúrbio Geral, Fuck IURD, Pela Paz em Todo o Mundo, X.O.T e outros clássicos do punk rock brasileiro. Rolou até participação dos caras do Tubarões Voadores que junto com o Cólera mandaram Até Quando Esperar, da Plebe Rude.

Os caras atenderam pedidos e mostraram que, mesmo com mais de vinte anos de estrada, ainda eram capazes de se empolgar tocando para um público pequeno, porém ensandecido.

Nota 10 pra quem foi e nota 1000 pro Cólera!

por Rafael A.

sábado, 26 de abril de 2003

The Feitos, Abaixo de Zero / Clube Pioneiros - Niterói - RJ

Noite quente de sábado e acabou que pouca gente foi conferir a última edição desse evento que vem acontecendo no Clube Pioneiros, em Niterói. Havia mais uma banda pra tocar, porém pelo que se ouviu um acidente de carro envolvendo gente da banda os impediram de estarem presentes. O organizador do evento explicou a situação no microfone (do jeito que tem que ser) e dedicou o show aos caras da banda. Vamos ao som que rolou, certo?

A primeira banda foi o Abaixo de Zero, que já tem cd gravado e ao que parece tá com material novo pintando por aí. O som dos caras fica entre o indie e o pop, tendo mais pro pop mesmo. Entre sons próprios os caras mandaram uma versão de uma da Legião mas mesmo assim a galera parecia não querer se animar de jeito nenhum. E a culpa não é nem da banda, podem acreditar.

Em seguida e fechando a noite veio o The Feitos, meio que jogando em casa e diante da torcida. Fazem um som diferente que parte do skapunk e passa por elementos de samba e outras viagens que em alguns momentos soam muito legais. Nessa altura a galera já parecia mais animadinha, mas só isso mesmo.

Faz tempo que o underground de Niterói vai muito mal das pernas e é legal ter gente como o pessoal do The Feitos tentando fazer algo pelo underground da cidade. Quem sabe no próximo, com mais divulgação e um número maior de bandas, a galera resolve sair da toca?

por Rafael A.

sábado, 8 de fevereiro de 2003

Filhos da Pátria, Matilha, Yellow Green, Época, Sihuhanks / Paranoid Festival - Bar do Blues - SG

Festival concebido pelo pessoal do Zoeira Cultural. Tinha tudo pra ser perfeito, já fazia um tempo que a maioria dessas bandas não davam as caras no Bar do Blues. Não fosse por um outro show rolando no Recreativo Trindade (outro espaço em São Gonçalo) "simultaneamente". Pra falar a verdade nem fiquei sabendo desse show, mas quando me disseram que só ia rolar banda cover fiquei feliz por estar no Bar do Blues! Vamos ao show:

Mesmo com um outro evento no mesmo dia o público do Bar do Blues não foi ruim não, tinha uma galera legal que viu o Filhos da Pátria, já com o vocalista Luizinho de volta, subir ao palco e mandar suas músicas (algumas depois de receberem um trato especial) com um disposição do caramba. Em seguida veio o Matilha, com seu novo (?) vocalista já perfeitamente adaptado à função. Fecharam com Refuse/Resist do Sepultura (ué, cover? Pêra lá: foi só unzinho e ficou legal pra caramba!).

Logo após foi a vez do Yellow Green, de Friburgo. Pausa: que banda é essa? Fazia tempo que não via show dos caras, tá bom demais! Smashing Pumpkins, Alice in Chanis, Pixies... tudo batido no liquidificador... e o resultado? Um show maravilhoso de rock alternativo pra ninguém botar defeito. Como se não bastasse o Yellow Green toma o palco pra fechar a noite (o Sifuhanks não tocou) os caras do Época. Primeira vez que vi com Rogério (ex-A Hydra) na guitarra. O som da banda ganhou mais (!?!) pitadas de progressivo. Banda redondinha e prestes a lançar seu terceiro cd. Que venha!

Entre covers e sons próprios fico com quem tem algo novo pra mostrar.

por Rafael A.

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