sexta-feira, 29 de outubro de 2004

Total Chaos


CPI do Rock
(São Gonçalo/RJ)


ALVO SUBURBANO – INDIGENTES – GAROTO PHETO


Festival punk Rock no CPI do Rock, em São Gonçalo. Sendo que o espaço já entrou em contagem regressiva pra fechar suas portas, era de se esperar que no mínimo a galera quisesse aproveitar os últimos suspiros de vida inteligente no local e abarrotassem o lugar de gente. Pena que estamos no eixo Niterói - São Gonçalo, onde o pessoal prefere dar grana pra banda cover que apoiar quem tentar fazer algo realmente interessante. Fazer o quê, né?

Com o lugar praticamente vazio os cariocas do Alvo Suburbano subiram ao palco pra começar os trabalhos. Guitarra e batera (isso mesmo, só dois no palco) seguram a onda tranqüilamente e fazem um punk/hc bacana. Banda tocando pra banda? Mais que isso: Banda agitando pra banda (se o público não faz a parte dele...). Bom show. Algum tempo depois foi a vez do Indigentes subir ao palco. O punk tosco dos caras pôs os presentes pra agitar e cantar junto. O destaque vai, e nem podia ser diferente, para o batera Alberto que desabou da bateria sem a menor cerimônia (coisas que acontecem...). O mesmo Alberto permaneceu no palco para o show de sua outra banda, Garoto Pheto. Muito legal; na minha opinião, o melhor show da noite. Os caras cruzam punk Rock, Rockn’Roll e pitadas de Rockabilly. Sons próprios e bem legais.

Mais ou menos isso aí. Mais um espaço que vai fechar suas portas e o maior interessado, ou seja, o público parece não estar nem aí... Quem perde somos todos nós.

Parabéns à organização por tentar fazer algo interessante na noite de São Gonçalo e um puxão de orelha pra galera e pra bandas que tinham seu nome no cartaz e ao que parece não apareceram nem deram maiores explicações. Assim complica, pessoal.

por Rafael A.

terça-feira, 19 de outubro de 2004

Fundo do Baú

Fala pessoal! É o seguinte: em janeiro o site do FMZ volta pro ar com um monte de coisas bacanas. Pra começar: Todo mês teremos uma entrevista exclusiva com um nome do underground, colunas, resenhas de shows e cobertura de eventos, além de poesias, matérias, textos, HQs, enfim, tudo que se tem direito (e o espaço sempre aberto para a participação de vocês, né?). Aguardem. Pois bem: Eu preferia não ter que dizer isso, mas rolou na última sexta-feira, no Garage, o último show do Solstício... Uma pena mesmo... Confere aí como foi:

sexta-feira, 15 de outubro de 2004

Rio de Janeiro Hardcore


Garage
(Rio de Janeiro / RJ)


TE VOY A QUIEBRAR – SENTENÇA – ITSARI – DISISPERO – SOLSTÍCIO


Noite de sexta-feira que certamente entra para a história do Garage e por tabela, para a história do underground carioca. Só pra se ter uma idéia: Antes mesmo do show começar já rolava uma aglomeração considerável em frente ao espaço na Rua Ceará. Teve até uma galera de Barra Mansa que veio prestigiar o evento. Não, não iria rolar nenhuma banda gringa ou algo do tipo. O que estava pra rolar era o show de despedida da banda cabofriense Solstício. O fim já anunciado enfim havia chegado. E antes de mais nada: Vai fazer uma senhora falta.

Pois bem. Quem subiu primeiro ao palco do Garage nesta data tão significativa foi o pessoal do Te Voy A Quiebrar (ainda vou descobrir em que idioma as músicas dessa banda são cantadas...). O som grindcore com altas influências de death e afins agradou a galera que prestigiou o show desses cariocas do início ao fim. Logo em seguida foi a vez dos capixabas do Sentença mostrarem seu punk/HC de primeira com trechos mais cadenciados que lembram, de longe, um pouco o Suicidal Tendencies (mas é só um pouco mesmo, hein?). Itsari, de Friburgo mostrou seu Hardcore com pitadas de alterna e parece ter sido aprovadíssimo pela galera que curtiu o show dos caras. Disispero chega com seus vocais berrados e som na linha grind/crust.

E enfim chega a hora que, sinceramente, eu preferia que não tivesse chegado: Solstício sobe ao palco para seu último show. O que dizer? Arrasador, insano, inesquecível, perfeito... É, foi tudo isso e mais um pouco... Os caras tocaram tudo que se esperava deles e tudo com uma vontade fora do comum. Ao menos era a impressão que se tinha ao sentir a reação da galera que cantou, berrou e se emocionou junto com a banda. No final, palco tomado pela galera, mosh, e as vozes de cada um dos presentes gritando: Perseverança... Honestidade... Convicção, no meu caminho! E o Solstício sai de cena.

por Rafael A.

Fundo do Baú

Olá para todos! Desculpem o atraso aí, ok? E o último fim de semana até que foi, em termos de shows, bem bacana... Desde show no metrô, até Dead Fish e Sugar Kane na Taquara. Sem contar a passagem de FDS e Sistema Sangria por terras cariocas, diretamente de Sampa. Maiores detalhes a seguir (até semana que vem... calma que o site tá chegando...):

domingo, 10 de outubro de 2004

Coé Veio

R9 – Point Fenômeno (Taquara/RJ)


DEAD FISH – SUGAR KANE - FORFUN – KUELA – MENORES ATOS


E depois de ganhar o prêmio de revelação no último VMB e alcançar o primeiro lugar da parada, tudo isso na MTV, e com um DVD saindo do forno eis que o Dead Fish aterrissa na Taquara para um show no bar do Ronaldinho... Tá, eu também não entendi no início. Só que o tal Point Fenômeno é um espaço como outro qualquer, com bar, mesas e tudo mais. Só que não é nada do outro mundo não. Por que começou a rolarem shows por lá? Vai saber... Certo então: Dead Fish e os curitibanos do Sugar Kane juntos. É, não dava pra ser diferente mesmo...

Casa completamente tomada pela galera que horas antes já fazia uma fila de respeito do lado de fora. Mesmo com um ingresso saindo a mais ou menos quinze pratas a galera marcou presença. Ainda era claro quando o Menores Atos subiu ao palco pra começar a festa. O HC Emo dos caras agradou em cheio a galera presente que grudou os olhos no palco pra conferir a apresentação dos cariocas. Logo depois foi a vez do Kuela. O público local parece se amarrar no trabalho dos caras, já que a banda foi muito festejada e teve sons cantados pelo povo que agitou bastante no show dos caras. Sem deixar a peteca cair os curitibanos do Sugar Kane pegaram uma galera em ponto de bala e botaram o povo pra cantar e agitar. Os sons foram cantados e festejados do início ao fim do show. Bom show. E no final, Dead Fish. A banda demonstrou a competência de sempre. Com um repertório baseado do mais novo álbum, Zero E Um, os capixabas transformaram o bar do fenômeno num inferno dos mais agradáveis. Tinha gente cantando e agitando pra tudo quanto era canto que se olhasse. Na verdade, agitando até demais. Já que as PA’s não agüentaram o pique da galera e teimaram em tentar ‘fugir’ de perto do palco. Claro que isso gerou alguns problemas com o som e coisa e tal, mas a verdade é que no palco não havia nada que segurasse o Dead Fish. Você, Zero E Um, Senhor, Seu Troco, Afasia, enfim, muitos sons até o final absurdamente caótico com Sonho Médio. Um show pra não se esquecer tão cedo. E ainda teve o show, curto, do ForFun. O pessoal chegou atrasado mas fez um som pra quem foi até lá pra ver a banda (o correto a se fazer nesses casos).

Que show! Público ‘na pilha’ pra agitar feito doido. Casa cheia e boas bandas no palco. Um detalhe legal é a faixa etária da galera que parece estar saindo de casa pra ir a show bem mais cedo que ‘na minha época’. Claro que como todo evento desse porte rolaram problemas e a organização teve de se desdobrar pra deixar tudo no esquema. Mas entre mortos e feridos salvaram-se todos. E no final das contas o Point Fenômeno viu mesmo foi outro fenômeno, que se chama Dead Fish.

por Rafael A.

sábado, 9 de outubro de 2004

UPI apresenta:


Garage (Rio de Janeiro/RJ)


FDS – SISTEMA SANGRIA – MÜKIRANUS – REPRESSÃO SOCIAL – HALÉ – GAROTOS HC

Mais um evento promovido pela União Punk Inpendente carioca. Desta vez feita com a participação de duas bandas paulistas. FDS e Sistema Sangria vieram da terra da garoa pra três shows por terras cariocas. Um deles não pôde ser realizado por a galera de SP não ter chegado a tempo. Este seria na Pavuna, subúrbio carioca. No domingo seria o dia de Barra Mansa, no interior do estado.

Tá, não sou especialista em chegar na hora certa nos shows. E não foi muito diferente neste início de noite de sábado. Ao chegar no Garage, a banda Mükiranus já estava no palco pronta pra atacar com seu grindcore bem legal. A banda fez um show bacana e agradou em cheio a galera presente que agitou durante a apresentação da banda de Barra Mansa. Logo em seguida foi a vez do Sistema Sangria mostrar seu punk/hc competentíssimo num belo show. Me surpreendeu, pois no CD demo dos caras não dá pra se ter a real noção do que é a banda. Muito bom show. Depois foi a vez do FDS fazer outro senhor show desfilando seu punk/hc rápido e carregado de experiência e competência também.

E foi isso. Infelizmente não rolou show do Repressão Social, devido ao tempo que era curto (iria rolar um show metal ainda naquela noite). O fato de o evento ter começado ainda a tarde deve ter influenciado, mas a verdade é que o público não deu as caras na Rua Ceará neste sábado. Uma pena, perderam um show bem legal...

por Rafael A.

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