Novo
espaço para a música em São Gonçalo! O Palco Salvatori
está localizado bem no Centro da cidade e oferece programação
musical ao público durante a semana! Logo mais é a vez de Van
Torres(foto), acompanhada do músico Rafael A.,
fazerem ensaio aberto a partir das 18h, com entrada franca! Rock
acústico no final de tarde pra relaxar depois do trabalho, ou fazer
o aquecimento, pra quem vai curtir a noite de quinta! Rola a partir das 18h. O Palco Salvatori fica na Rua Salvatori, 15, loja
6, Centro, São Gonçalo/RJ. Maiores informações no link.
Mês
que vem tem banda lançando CD no Metallica Pub! Em
noite de Punk Rock e som extremo, a casa recebe o Grindcore
dos caras da Podreiras(foto) que lançam o CD “25
Anos de História”! Completando o time, a também gonçalense
Canella Seca leva seu Punk Rock/HC ao Porto Novo, assim
como a galera da Insulto! Já sabe, né? Quer tomar uma cerveja por
um preço bacana e curtir um som 0800? Então, 08/04 é dia de bater
ponto no Metallica Pub! O evento tem o apoio do FMZ.
Serviço:
08
de abril :: sábado :: 19h
Metallica
Pub Apresenta
Shows:
PODREIRAS - INSULTO - CANELLA SECA
Local:
Metallica Pub
End.:
Rua José do Patrocínio, 42, Porto Novo, São Gonçalo/RJ
ENTRADA
FRANCA / Informaçoes/
Apoio: Feira Moderna Zine
Neste
sábado tem som no Metallica Pub! O clássico espaço roqueiro
do bairro Porto Novo abre suas portas, como sempre, dando espaço
para a galera fazer um som e apresentar novidades do cenário
roqueiro local! Neste final de semana, quem comanda os trabalhos é a
galera da banda Bullet Fire! Os caras prometem repertório de
Classic Rock e Hard Rock! Pinta lá que a entrada é
franca, ok? O Metallica Pub fica na Rua José do
Patrocínio, 42, Porto Novo, São Gonçalo/RJ. Mais sobre o Metallica
Pub no Facebook.
Já
de volta com as entrevistas aqui em nosso FMZ, desde o começo do
ano, é bacana trocar uma ideia com os amigos, certo? Sendo assim,
fomos bater um papo com Xharles (o Xarles Xavier aí da foto, com nova grafia e
tudo!), compositor gonçalense que durante anos figurou aqui neste
espaço. Fosse participando como convidado em nossos eventos,
ajudando a produzir (Rock na Garagem e Sarau Feira Moderna, por
exemplo, não teriam saído do papel sem sua contribuição) ou no
período em que fez parte de nossa Latitude Zero Prod. Dos tempos de
banda Incrível Mart, passando pela carreira solo como Xarles Xavier,
Projeto Mosquitos (ao lado deste que vos escreve) e por aí vai! Enfim, vamos saber como andam as
coisas com esse velho amigo?
FMZ:
Pra começar, uma que geralmente aparece mais pro final das
entrevistas: o que você tem ouvido? Tem um monte de coisas
acontecendo na música, tendências, vertentes que surgem, novos
nomes... O que tem chamado sua atenção?
Xharles:
É verdade, apesar de muita gente ter aquele pensamento de que
não tem nada novo surgindo, de que a música tanto no Brasil quanto
no mundo passa por um mau momento, na realidade é que se você
procurar, e nem dá tanto trabalho assim, até pelas ferramentas
disponíveis hoje com a internet e tal, você acha muita coisa
legal que ta rolando por aí. Eu tenho ouvido muita coisa nova, la
de fora tem o Royal Blood, Fleet Foxes, Alabama
Shakes... Daqui eu destacaria o pessoal do O Terno, Far
From Alaska, Céu, Negro Leo, Ava Rocha,
Mahmundi, Boogarins, Tulipa Ruiz, Maglore,
Daniel Rabujah, Cícero e por ai vai. Tem muito mais
gente, se for falar todos faltaria espaço! Tem muita gente boa
fazendo som de qualidade por aí. E de tudo quanto é tipo de som.
Na minha lista tentei colocar gente de diferentes estilos, justamente
pra mostrar a riqueza e a diversidade que existe.
FMZ:
E das coisas mais novas, o que acaba virando influência? O que, de
alguma forma, você sente que acaba sendo incorporado a seu som, suas
composições?
Xharles:
Na
verdade, a gente nem sempre percebe o que acaba nos influenciando.
Eu sinto que o quê de certa forma eu acabo absorvendo, e vendo algum
reflexo no meu som, são coisas que assim como eu, tem uma
referência de sons mais antigos. Uma galera que meio que bebe numas
fontes de coisas que eu também ouvi, coisas de Folk
, Pós-Punk,
New
Wave,
Synthpop...
Muita coisa dos anos 80 que ta meio que sendo sempre revisitado pelas
novas gerações. E outros sons mais alternativos e tal, coisas como
Empire
of The Sun,
The
War on Drugs,
Teegan
and Sara,
The
XX.
Aqui no Brasil tem o Jaloo,
Alice Caymmi
, Dani Black,
Rubel...
FMZ:
Duas em uma: Já te vi classificando sua música como Folk Rock.
O que mais faz parte da sua música? E você consegue ver uma galera
fazendo um som parecido com o seu? Consegue perceber um cenário do
qual faz parte?
Xharles:
Assim que a banda parou la em
2010 e eu comecei a tocar só com violão nos shows, senti a
necessidade, meio que, de me redescobrir como músico e intérprete.
Sentia que, agora sozinho, não dava mais pra tocar as músicas da
mesma maneira que tocava com a banda. Eu queria encontrar a melhor
maneira de interpretar essas canções, nesse formato acústico.
Procurei privilegiar as harmonias, mas sem perder a visceralidade.
Então, acabei me aproximando de uma sonoridade mais simples, do
Folk.
Mas ainda com uma pegada Rock.
Mas mesmo antes na banda, e depois sozinho, já existiam outras
referências no meu som: Música brasileira, Bossa
Nova, Pós-Punk,
New Wave,
Synthpop,
Rock Alternativo...
Eu
passei boa parte da infância, e início da adolescência, ouvindo
rádio e o que predominava era a música Pop
e o Rock,
e isso fez parte da minha formação. Coisas como Michael
Jackson, Prince
, Phill Colins,
Madona e as bandas do
Rock Brasil dos
anos 80, entre outros! Só depois, já com uns 14 anos, comecei a
pegar CDs e
fitas k7
com uns amigos, com o que tava rolando nos anos 90. Nirvana
e toda cena de Seattle, as bandas alternativas, as novas bandas
nacionais, como Pato Fu,
Nação Zumbi...
Então essas coisas abriram minha mente de certa firma. Foi aí que
descobri que queria fazer musica. Eu sempre procurei colocar outros
tipos de elementos no meu som, justamente pra tentar sintetizar esse
emaranhado de referências, que ao longo do tempo serviram pra
construir minha própria identidade. Eu gosto de sempre estar
experimentando, tentando fazer algo que me tire da minha zona de
conforto.
Tem
uma galera nova no Brasil fazendo um som fortemente influenciado pelo
Folk e, em parte me identifico. Mas não sei dizer se fazemos
parte de uma mesma cena, até porque eu procuro usar outros elementos
no meu som, que fogem um pouco dessa estética. Eu gosto de, de certa
forma, me associar a quem também procura experimentar e não fica
preso à um único formato. Isso acabou se refletindo nas minhas
apresentações. Quando eu acabei dividindo o palco e tocando com
artistas de diversos estilos! De Punk, Metal, a MPB,
Progressivo, Alternativo, etc... Nesse contexto,
eu vejo mais como parte de um cenário formado por artistas e bandas
que se diferem na sonoridade, mas que de certa forma se frequentam!
Seja por tocarem juntos nos eventos, ou por trocarem sons pela
própria web. O que, nos dois casos, pode acabar gerando novas
parcerias e coisas do tipo, com um apoiando a acompanhando o trabalho
do outro. Nesse sentido, eu me vejo num cenário com gente como A
Batida Que O Seu Coração Pulou, o Café República,
Jefferson Volve, Homobono, o Gilber T, a Old
kitchen... e mais um monte de gente com quem dividi o palco ao
longo desse tempo que venho tocando sozinho.
Mesmo
não tendo tocado com alguns desses que citei acima, sinto que
estamos num mesmo cenário. Seja por estarmos sempre trocando algum
tipo de informação, nos apoiando, frequentando os shows uns dos
outros e, em outros casos, até trabalhando juntos, como o Gilber
T, por exemplo, que está
dando uma moral e ajudando na produção do meu primeiro single.
FMZ:
Mudando de assunto: você está em estúdio. Tem gravado materiais
com galeras diferentes... Em que pé estão essas novidades? Como
pretende lançar esses materiais novos? Serão singles, um EP,
vão rolar vídeos, enfim?
Xharles:
Eu comecei a gravar no fim do
ano passado, como você mesmo disse, com uma galera diferente. A
princípio, eu planejei lançar quatro singles, um em cada estação
do ano, mas não deve dar pra rolar assim. O mais provável é que
rolem dois ou três apenas. De, ao menos, um vai rolar vídeo sim.
Espero que até o fim do primeiro semestre, ou início do segundo já
esteja pintando por aí, e ai sim pro fim do ano pretendo começar a
pensar num EP.
FMZ:
Ainda sobre lançamentos, essas coisas. Mesmo com todas as
facilidades da tecnologia, ainda me parece dificílimo lançar um
artista, ou uma música, com um material de qualidade, profissional
mesmo. Gravação, filmagens... Claro, é bem menos complicado que em
décadas anteriores, mas, está tudo tao acessível assim? Só não
aparece quem não quer?
Xharles:
Hoje, com certeza, é mais
fácil produzir. Tanto áudio, quanto vídeo, com uma qualidade
bacana, do que era ha dez, quinze anos atrás. Tem gente que
consegue um resultado incrível gravando em casa mesmo. Não sei
dizer se fica profissional pros padrões comercias e tal. Mas, com
certeza, muitas vezes fica bem próximo e com um custo bem menor.
Agora, se a pessoa não tiver condição de fazer dessa forma e for
fazer da maneira tradicional, procurando um estúdio bacana pra
conseguir uma gravação de áudio e vídeo, ainda assim da pra
conseguir um preço legal, bem mais acessível do que era em outros
tempos.
Principalmente,
se a pessoa se cerca de amigos desse meio que trabalham com produção
e músicos que tão dispostos a contribuir, as coisas ficam mais
fáceis. Se não tem grana, camaradagem nesse meio é a alma do
negócio. Agora, não sei dizer se isso significa que só não
acontece quem não quer.. Isso de 'acontecer' envolve outros fatores
que não apenas conseguir um áudio e vídeo bacana. Hoje em dia isso
ja é quase um pré requisito pra se colocar em cena. Mas se vai
acontecer, é outra história que eu não sei o que determina. Tem a
ver com contratos, modismos, jabás, sorte e, principalmente,
trabalho e investimento.
FMZ:
Sem sair muito do tema...Produzimos coisas juntos, tocamos juntos em
alguns lugares, passamos por uma penca de espaços e eventos. Sabe o
que penso hoje, a respeito do bom e velho “falta espaço”, “falta
isso” ou “falta aquilo” que se ouve muito no underground.
Mas, nesse ponto de sua carreira, como percebe essa coisa de canais
de divulgação, espaços (ao menos aqui pela Região), eventos e por
aí vai?
Xharles:
Pois é, a gente já passou por
muito perrengue. Com e sem banda! Eu percebo que hoje em dia, cada
vez mais, as coisas são virtuais. Tá tudo nas redes sociais,
'lives', YouTube, plataformas de compartilhamento de música,
financiamento coletivo e etc....
Por um lado isso é incrível, te abre muitas portas e possibilita
coisas que sequer imaginávamos um tempo atrás! Mas não da pra
ficar só nessa parte virtual, tem que sair a campo, ir nos shows dos
amigos e de quem não conhece, fazer conexões, tocar o máximo
possível em qualquer lugar. O corpo a corpo, o olho no olho são
insubstituíveis.
FMZ:
Tudo isso mudou muito com o tempo. Consegue apontar o que de mais
relevante mudou, dos tempos de Incrível Mart pra cá pra um artista
independente?
Xharles:
Muita coisa mudou , fora essa coisa da internet,
que citei, tem todo contexto que mudou bastante, ao menos na minha
visão. Quando a banda começou, no fim dos 90 , existia uma cena
independente onde diferentes tipos de banda tocavam juntas, no mesmo
evento, ao menos aqui na região era assim. Lembro de tocarmos na
mesma noite com bandas de HC, Metal, Alternativo e por ai vai!
E
rolavam bastante shows nesse período, em diversos locais. As vezes,
na mesma noite, e todos tinham uma galera. Um não atrapalhava o
outro, mas o Rock
não tava muito presente na mídia. Algumas bandas surgidas no
inicio dos anos 90 dividiam o espaço com as remanescentes dos 80. A
cena independente estava, meio que, isolada. Haviam alguns zines e
programas alternativos, em algumas rádios. Geralmente nos horários
mais tardes. Depois, em meados de dois mil, as coisas ficaram mais
segmentadas. Algumas bandas se fecharam mais e só tocavam, na
maioria das vezes, com outras do mesmo estilo. Fosse Punk,
HC,
New Metal
e etc..
Até
esse momento ainda tinha bastante gente frequentando os shows
independentes. O Rock
passava por um momento bom na mídia. Novas bandas surgiam a todo
momento, rolavam rádios, revistas como a Bizz,
Rock Brigade, Rock
Press, ,jornais como o Jornal
do Rock e Internacional
Magazine... MTV
tava rolando, nomes como Pitty
despontaram junto com uma galera nova da cena do HC
Melódico, Emo,
Metalcore...
parecia que se desenhava um futuro promissor onde o Rock
seria novamente como nos anos 80, o estilo musical que predominaria
nacionalmente, o que acabou não se consolidando. Uma banda ou outra
chegou ao mainstream. Mas mesmo essas, hoje em dia, não tem mais
muita evidência. As rádios, a maioria, acabaram. Aqui no Rio
principalmente. Jornais, revistas e zines também. Ficou só
virtualmente e olhe lá. A MTV,
praticamente, parou de tocar música e o Rock
meio que, novamente, saiu da mídia de massa, e hoje as bandas
consolidadas são as mesmas remanescentes dos anos 80, algumas dos 90
e as que sobraram desse último momento que o Rock
esteve com força no mainstream. Nomes como Pitty,
Fresno, CPM
22 , NxZero e
tal...
A
cena independente, é claro, resiste. Com muita gente nova e muita
gente boa. Mas, mais uma vez, parece que existe um abismo entre
essas bandas novas e aquelas já consolidadas. Fica difícil romper
essa barreira e conseguir criar um público, fazer um nome, se
profissionalizar e viver de música. A maioria delas acaba tendo que
tocar e manter outras fontes de renda paralelas..
FMZ:
E hoje, aqui pela área, como lhe parecem as coisas?
Xharles:
Por aqui, na minha opinião, as
coisas não mudaram muito nos últimos anos. Vi alguns espaços
fecharem as portas, outros novos surgirem e alguns que se mantem
ativos por um longo tempo, mesmo com tantas dificuldades. Afinal,
musica, ainda mais independente, nunca deu muito retorno financeiro.
E assim como os músicos, os produtores e donos de estabelecimentos
que optam por esse caminho, o da música autoral, faz isso mais
porque gosta do que propriamente por dinheiro. E acaba, meio que,
representando uma especie de resistência cultural.
Em
vejo muita gente daqui da região tentando movimentar as coisas, se
mobilizar. Em alguns momentos sinto que a quantidade de eventos
diminuiu, em contrapartida vejo bandas na ativa, já de longa data
que continuam tocando e uma galera nova muito boa chegando também.
Gente como o Guilherme Gak,
Ian Veras, o
Cromarik, Pessoas
Como Nós, Abacaxi
Lunar, e mais um monte de gente
nova que tem feito shows por aí. Alguns já com material bem
gravado, levando uma galera nos seus shows e tudo mais.
Infelizmente, como disse, os espaços pra música autoral e
independente por aqui são poucos. E nem sempre se tem uma estrutura
bacana, mas sempre foi assim e acho que enquanto esse tipo de som não
for algo que dê muito lucro, dificilmente vai se ter um investimento
por parte dos donos dos espaços, que mude esse contexto. Então
acaba tendo a necessidade, muitas vezes, dos próprios artistas se
mobilizarem e fazer com que as coisas aconteçam da melhor maneira
possível, pra conseguir mostrar seu trabalho.
FMZ:
Sobre a Incrível Mart: vê alguma possibilidade da banda se reunir
algum dia? Se vê tocando com banda ainda?
Xharles:
Mantenho contato com todos da
banda, e agente sempre conversa sobre essa possibilidade de voltar a
fazer um som juntos! Todos tem essa vontade. Ultimamente,
principalmente, temos falado muito nisso e estamos tentando marcar
uma reunião. Esse ano a banda completaria 18 anos, já que
começamos em 1999 e, até por isso, pensamos em fazer alguma coisa.
Agora, se será algo apenas comemorativo, em razão do aniversário,
quem sabe um show com alguns sons antigos, ou se poderia vir a a
tornar algo mais contínuo, talvez produzindo material novo, não
sabemos. Eu acho a primeira hipótese mais provável. Até porque é
mais complicado hoje em dia pra todos da banda conseguir conciliar
suas coisas pessoais, trabalho, família, etc...
Pra se ter uma periodicidade com a banda, ensaios, shows e tudo mais
fica meio complicado.
Eu
gosto da ideia de tocar com banda, estar entre amigos , fazer um som.
Poder dividir isso com outras pessoas que acreditam no som que vocês
fazem juntos, e depois vão olhar pra trás com orgulho daquilo que
fizeram. Isso tudo é bem legal. Mas ao mesmo tempo, dá bastante
trabalho. E hoje em dia acaba sendo mais complicado administrar essa
logística do tempo e disponibilidade de cada um. Ainda mais sendo
algo que, a princípio, não teria um retorno financeiro.
FMZ:
Durante uma época você deu as caras em tudo quanto foi evento,
sarau, dividiu o palco com poetas e bandas de tudo quanto era estilo.
Ainda se sente com o mesmo pique?
Xharles:
Verdade, entre 2013 e 2016 eu
rodei bastante por aí! E depois dei uma parada. Pode parecer
desculpa esfarrapada, mas nem é propriamente uma questão de pique,
é mais uma questão de escolha mesmo. Eu sempre tive essa vontade
de sair tocando por aí! Ir aonde fosse possível. Se dependesse de
mim rodava o mundo com minha viola. Queria ter essa experiência de
viver quase como um músico de rua, tocar pelas praças e onde mais
fosse possível, compartilhar minha música em diferentes locais, com
o maior número de pessoas e ambientes diversos. Toquei em moto
clubes, teatros, praças, bares, entre músicos de diversas
vertentes e poetas. E isso foi uma experiencia incrível, muito rica
, que levarei pra toda vida. Foi muito importante.
Eu
estava num momento aonde precisava sair da coisa virtual e levar o
meu som pra fora de casa e da Internet. E valeu muito a pena a
experiência. Mas é algo que também foi cansativo. Passei muito
tempo fora de casa. A coisa tava muito frenética e isso também
tinha um custo já que na maioria dos casos, além de não receber
nada pra tocar, ainda tinha as despesas de consumação e transporte.
Então agora, não por falta de pique, mas por opção mesmo,
resolvi levar as coisas com mais calma. E também poder focar em
outras coisas, como gravar meu som. Ainda não tenho nenhuma gravação
oficial do meu trabalho solo, com uma qualidade bacana e tal, e
agora to querendo conseguir fazer isso
FMZ:
Esse material novo que está gravando, pretende apresentar ele ao
vivo?
Xharles:
Pretendo sim, algumas eu já
toco faz tempo nos shows. O repertório dos shows sempre varia muito,
mas eu devo tocar essas que to gravando sim. Provavelmente mudando
algumas coisas do arranjo, até pra adaptar pro formato acústico, já
que no show ainda é só voz e violão. Mas isso de mudar os arranjos
já é algo bem frequente no meu trabalho .
FMZ:
Qual o último melhor disco que você ouviu? Favor comentar.
Xharles:
O “Black
Star”, do David
Bowie é um disco denso, forte,
com uma sonoridade bem experimental em alguns momentos! Me soa meio
Jazz
até, e por ter sido gravado quando ele se tratava de um câncer e
lançado pouco antes da morte dele, o disco acaba tendo um certo tom
de despedida em alguns momentos. , Eu achei um trabalho incrível! E
de nacional, eu colocaria o mais recente da Elza Soares:
o “A Mulher do Fim do
Mundo”, um disco bem
experimental, que flerta com diversos estilos, do Samba
ao Rock,
com arranjos muito bem feitos e letras contundentes, que tratam
muitas vezes de temas delicados como a violência doméstica sofrida
pelas mulheres . Um excelente disco!
Ah!
E nos dois casos fica meio evidente a experimentação musical, com
timbres e sonoridade eletrônica contrastando com guitarra e outros
instrumentos convencionais! Nada muito novo, mas em ambos os casos
feito com extremo bom gosto!
FMZ:
Dylan, Billy Corgan, Chico, Tom York... Esses caras ainda tem lugar
especial em sua playlist?
Xharles:
Com certeza! E sempre terão!
Esses e mais alguns outros nomes que você não citou fizeram parte
da formação da minha identidade musical. São a minha linha de
frente, por assim dizer! Apesar de estar sempre procurando conhecer
e escutar coisas novas acho que não fico uma semana sem ouvir algum
som de um desses nomes!
FMZ:
Tudo que tem acontecido no país ultimamente, de alguma forma, afeta
sua produção artística? Acha que a classe artística deve se
envolver, se posicionar? Como percebe isso nas redes sociais, por
exemplo?
Xharles:
Acredito que de alguma forma
todos somos afetados. Mas não sei dizer se tem uma interferência
direta na minha produção. Sinto esse clima de tensão e
descontentamento que, independente da opção partidária, parece
meio que geral no país nos últimos tempos. Não sei se de alguma
forma isso se reflete na minha música, talvez não. Talvez seja um
incômodo que sinto na minha vida pessoal, que de certa forma não
expresse nas minhas letras, talvez pela forma como construo minhas
canções. Sei la, penso que trate de temas mais introspetivos e
pessoais e acabo não falando dessas coisas mais gerais, que
acontecem e afetam a mim e todos ao meu redor. Ou, se falo, é por
metáforas, de forma pouco direta, tão subjetivas que se eu não
explicar, com certeza, passaria desapercebido da maior parte das
pessoas.
Nesse
contexto eu acho importante a classe artística se envolver e se
posicionar, sim. Não só a classe artística, como todo povo em
geral. Acho importante que hoje tenhamos essa liberdade e esse
direito de poder nos manifestarmos, protestar e lutar pelas causas
que lhe são justas, mesmo que ainda existam barreiras e setores que
tentem minar e coibir essa liberdade.
Eu
não diria que um artista, ou seja la quem for, tenha a obrigação
de levantar bandeiras ou se posicionar de forma direta, como uma
espécie de liderança, pelo simples fato de ser uma pessoa "pública"
ou coisa do gênero. Que exista essa cobrança por ele ser o que
chamam de "exemplo ", formador de opinião, ou coisa do
tipo; Acho que as pessoas deveriam pensar por conta própria e lutar
pelo que acreditam, independente do que eles e a mídia dizem acho
que as pessoas deveriam procurar se informar mais. Estudar pra não
acabarem sendo manipuladas e servindo de massa de manobra pra esses
mesmo bando que há séculos controla o país.
Nas
redes sociais eu sinto que, atualmente, ta tudo muito polarizado e
todo mundo muito a flor da pele. Passamos por um momento difícil,
sombrio, onde ainda surgem vozes pedindo coisas absurdas como a volta
da ditadura militar. Principalmente escondidos sob o anonimato que
muitas vezes a internet oferece. Vejo muito radicalismo, gente que
ataca um artista “x”
e diz que era fã, mas jogou seus discos fora por causa de sua
posição política, que exclui alguém por discordar de sua
opinião. É claro que ninguém é obrigado a conviver, ainda que
num ambiente virtual, com alguém que defende valores que você
abomina. É compreensível você excluir um nazista de sua rede de
amigos. Agora excluir alguém porque votou no candidato adversário
do seu, ou porque discordou de você numa postagem numa rede social
me soa uma atitude um tanto extremista e desnecessária. Eu acho
possível e necessário que exista um diálogo. Enquanto a população
se divide entre coxas e mortadelas e se ataca, e não se entende
como o responsáveis por isso, os "chefes do restaurante",
que fizeram esses quitutes estão juntos, sem nenhuma cerimônia
cozinhando e garfando toda a população.
FMZ:
É isso. Valeu por mais essa entrevista! Se não me engano é a
terceira..rsrsrs Recado final?
Xharles:
Verdade! Se não me engano, a
primeira foi ainda na época do Incrível Mart,
quando tínhamos acabado de lançar o CD"Projeto Secreto e O
Grande Circo Místico".
A segunda assim que comecei a tocar sozinho. Ou seja, sempre em
momentos cruciais da minha caminhada com a música. E agora, mais uma
vez num desses momentos, quando estou prestes a lançar meu primeiro
single e vídeo oficiais, do meu projeto solo. Queria agradecer por
mais uma vez abrir espaço pra eu falar de minha música, e por
sempre apoiar e ajudar na divulgação do meu trabalho. E agradecer
também a todas as pessoas que de alguma forma acompanham e torcem
por mim, e que gostam do meu som! Então é isso! Até uma próxima!
A gente se vê por aí.
Confira
o novo single de Xharles
(lançamento Kbça Discos):
Links,
novidades e muito mais sobre Xharles
em sua página no Facebook.
Este
fanzine insiste: o espaço underground mais clássico em
atividade na Região! Aliás, hoje é sábado! E, pra nossa sorte,
logo mais tem barulho da melhor qualidade no bairro Porto Novo! O
Metallica Pub recebe o Stoner Rock da banda Hungry
Jacklz(foto) e o Rock'n'Roll da Mãe Joana a
partir das 20h! Só chegar, ok? A entrada é franca e a
cerveja sai a preços justos! Lembrando que o Metallica Pub
fica na Rua José do Patrocínio, 42, Porto Novo, São Gonçalo/RJ.
Informações na página do MP no Facebook.
O
compositor Xarles(foto), de São Gonçalo/RJ, está
com material novo circulando por aí! Foi lançada ontem, via Kbeça
Discos, a nova versão de “Ilha das Flores”!
Originalmente lançada no primeiro EP do Projeto Mosquitos,
que contava com Xarles e, o editor aqui do FMZ, Rafael
A., a música reaparece com nova roupagem, e participação do
mesmo na guitarra. A produção ficou a cargo de Felipe Kbeça!
E, fiquem ligados que, em breve tem entrevista de Xarles, aqui
no FMZ, ok? Segue a nova versão de “Ïlha das
Flores”:
Vale
nota atrasada? Acho que sim... É só pra lembrar que, desde ontem,
o nosso Rock'n'Roll
e a música ficaram um pouquinho mais tristes. Sabe quando você ouve
essas notícias, assim de sopetão, no rádio e pensa “cara,
não vai sobrar ninguém..”?
Bom, entre os fãs do jovenzinho aí da foto estão (além de você e
eu) só, Beatles
e Stones.
Ou seja, nem precisa se dar o trabalho de escrever muito. Só pra
constar neste fanzine, e render as devidas (e merecidas) homenagens, ok? Morreu ontem, aos 90 anos, Charles
Edward Anderson Berry, o
Chuck Berry.
Hoje é dia de bater ponto em nosso bom e velho Metallica Pub! Os
cariocas da (ótima) banda Café Tormenta(foto)
atravessam a ponte e retornam ao espaço do bairro Porto Novo pra um
super show, a partir das 20:30h! Com influências que vão do Stoner
Rock ao som psicodélico, a banda formada em 2010 promete um
senhor show, sábado no Metallica Pub! Como sempre, a
entrada é franca. E a casa ainda promete a maior promoção de
cervejas do ano! Já viu, né? Nada de ficar em casa! O Metallica
Pub fica na Rua José do Patrocínio, 42, Porto Novo, São
Gonçalo/RJ. Informações no Facebookdo Metallica Pub.
Já
se vão mais de trinta anos desde que 'os darks de branco'
(assim chamou alguém da imprensa, na época) deram as caras no
cenário do BRock 80. Vindos de uma terra distante, estavam
'longe demais das capitais' (assim se chama seu primeiro álbum,
lançado em 1986) pra não causar espanto. Ou, ao menos, soarem meio
perdidos em meio a tantos nomes de Brasília, São Paulo e Rio de
Janeiro.
No
final das contas, só o Rock Gaúcho seria capaz de apresentar
ao Brasil uma banda como essa.
Garotos da Rua, De Falla, Os Replicantes (coisa
mais linda!), TNT... e Engenheiros do Hawaii! Esse era
o time do pau de sebo (chamavam assim na época, depois virou
coletânea... rs) Rock Grande do Sul (1985)! Assim a
banda de Humberto Gessinger (foto) aparecia para o
Brasil.
No
segundo álbum, assim como no álbum de estreia, vieram hits!
Mas não foi só isso. “A Revolta dos Dândis” (lançado
em 1987) trazia também o que viria a se tornar a formação clássica
dos Engenheiros do Hawaii. Gessinger (deixando a
guitarra e indo pro baixo e voz), Licks (espetacular
guitarrista) e Maltz (batera idem). GLM, assim ficou
conhecida. Anos mais tarde, a sigla viraria nome de disco, inclusive.
Foi
por essa época aí, que este que vos escreve teve o primeiro contato
com a obra de Humberto Gessinger. Primeiro num CD
coletânea do tipo “as melhores de..”, depois no citado
“GLM” (1992), depois de ouvir e ser devidamente
esbofeteado por “Ninguém = Ninguém”! A audição na
Transamérica FM me valeria não só mais uma banda pra
desvendar, descobrir, esmiuçar, mas apresentava ao, então, pré
adolescente aqui Kafka, Orwell e mais um monte de
gente!
Ah
sim! As citações! Niemeyer, Ferreira Gullar, Pink
Floyd, Sartre.. Uau!! O baixista e vocal Humberto
não viria a se tornar escritor, anos depois, à toa. O texto do cara
é incrível! Tão incrível quanto as viagens de álbuns como “O
Papa é Pop” (1990) e “Várias Variáveis” (1991),
favoritos deste que vos escreve junto com o disco azul (o GLM
que falei aí em cima). Discos com começo meio e fim. Citações,
músicas que reaparecem, volta pra cá, sai de lá e completa lá na
frente! Coisa de fã de Rock Progressivo, claro!
A
formação GLM se desfez (mas não sem antes deixar o
sensacional “Filmes de Guerra, Cançoes de Amor”, de 93). Veio o
(lindo) “Simples de Coração” (1995), o projeto Humberto
Gessinger Trio (1996) e outros álbuns dos Engenheiros do
Hawaii com formações que mudavam, mas, enfim... O cara, ele,
Humberto Gessinger, sempre esteve ali, lembrando a gente que,
de alguma forma, a obra dos Eng Haw continuava viva, se
transformando. Ah, claro: “Minuano” (1997), “Surfando
Karmas e DNA” (2002) e “Dançando no Campo Minado”
(2003) são discos que valem a pena serem ouvidos, hein?
Anos
mais tarde, em épocas de redes sociais, blogs e perfis,
reencontro o Sr.Humberto Gessinger, já devidamente de posse
de uma carreira de escritor e um trabalho solo e tanto! Ao lado de
Duka Leindecker, da ótima (e também gaúcha) banda Cidadão
Quem, Humberto se lança no formato power duo (assim
ele chamou) Pouca Vogal. Lindo de se ouvir! E a obra seguiu em
frente com “Insular” (2013) e “Louco Pra Ficar Legal”
(2016), agora sim, lançados como álbuns solo de Humberto
Gessinger. Mais belas canções...
Hoje,
com o advento das mídias digitais, plataformas e tudo o mais, fica
fácil perceber que o eterno líder dos Engenheiros do Hawaii,
além de letrista de primeira e escritor, é também um senhor multi
instrumentista! Uma série de twitcams (ainda se faz isso hoje
em dia?) revisitou todos os álbuns de sua antiga banda, há um
tempo. Mais que isso, serviu pra deixar muita gente de boca aberta,
com Gessinger tocando tudo quanto era instrumento!
E
mesmo as canções da época de Eng Haw, quando reaparecem em
sua carreira solo, surgem com nova roupagem. 'Variações de um mesmo
tema', formas e mais formas de contar uma 'história repetida'. E se
a história é boa...
Este
que vos escreve teve o prazer de assistir a shows dos Engenheiros
do Hawaii e Humberto Gessinger solo! Mas a formação GLM,
não deu tempo. Me atrasei, ou... vai saber, talvez nem tivesse idade
pra ir a um show se tivesse conhecido a banda antes. Mas ainda sou
capaz de me surpreender quando conheço alguém dez anos mais jovem,
que descobriu os Engenheiros do Hawaii nos últimos trabalhos
da banda. Ou conheceu primeiro o Humberto escritor, ou através
do Pouca Vogal, enfim...
Logo
mais, tem capítulo novo dessa história, que começou lá nos anos
1980, sendo escrito. Humberto Gessinger e sua banda (um trio,
dessa vez) celebram os trinta anos de “A Revolta Dos Dândis”!
Trinta anos de “Infinita Highway”, de “Os Guardas da
Fronteira”, “Terra de Gigantes” e “Desde Aquele
Dia”, que batizou a turnê que estreia hoje aqui no Rio de
Janeiro!
E
a turnê não vem só. O gaúcho traz na bagagem um novo compacto!
Isso, um vinil! Contendo três músicas e batizado de Desde Aquela
Noite, o novo trabalho de Gessinger traz três canções
compostas em parceria com outros artistas, que ainda não haviam sido
lançadas pelo músico. A saber: “Alexandria” (com Tiago
Iorc), “O que Você Faz a Noite” (com Dé, do
Barão Vermelho) e “Olhos Abertos” (com o Capital
Inicial). Tanto disco novo, quanto turnê, podem ser considerados
uma celebração. Uma celebração à longevidade de um artista, de
uma obra...
'
Uma
longevidade da qual só quem deixou a cartilha de lado poderia
desfrutar. O segredo, talvez, tenha sido ignorar as regrinhas, o
jeito certo, a hora certa de lançar um disco, o formato que uma
canção deve ter pra fazer sucesso... Como o próprio Humberto
disse, certa vez numa entrevista, ele nunca foi a bola da vez.
Olha... sorte nossa, Sr.Humberto Gessinger! Melhor alguém
“vindo de outros tempos, mas sempre no horário” que uma
“eternidade da semana”.
Serviço:
17
de março :: quinta-feira :: 22h
Humberto
Gessinger
Local:
Vivo Rio
End.
Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo, Rio de Janeiro/RJ
Ingressos:
R$100 a R$150 / Classificação: 18 anos. / Informações
E
olha que ainda tem bar com cervejas a preços razoáveis pras bandas
da Zona Sul carioca, hein?! Este Test Drive rolou por
acaso. Na volta da primeira corrida deste que vos escreve (não
confundir o editor com um atleta, ou coisa parecida, ok?),
procurando um lugar pra uma cerveja solitária, afim de celebrar a
ocasião. E o Café e Bar Sassarue estava lá! Bem no comecinhoda Voluntários da Pátria. Cervejas ali em torno dos R$8 e
tira gostos um pouco mais carinhos, por assim dizer. O da foto saiu
por R$7....Vale pelo preço das cervejas, ok?
Serviço:
Café
e Bar Sassarue :: Rua Voluntários da Pátria, 1, Botafogo, Rio
de Janeiro/RJ
Logo
mais, no Centro do Rio, acontece ato contra a Reforma da Previdência!
A manifestação, que acontece em todo o país, tem atos programados
a partir das 7h, se estendendo por todo o dia, em todo o Brasil. Em
capitais como Cuiabá/MT, Vitória/ES, Brasília/DF, São Paulo/SP e
outras, conforme no flyer, haverão protestos contra o que
poderá ser um dos piores e mais covardes legados da era Temer. No
Rio de Janeiro, o ato está marcado para a Candelária, no Centro do
Rio, a partir das 16h. A Igreja da Candelária fica na Praça Pio X, s/n, Centro, Rio de Janeiro/RJ. Compareça!
Tem
evento com apoio do FMZ, logo mais, no República Pub, em São
Gonçalo! Bandas e fãs do som dos anos 1990 batem ponto no espaço
localizado no bairro do Paraíso, a partir das 16h.! A Smoking
Rats lança seu CD e comanda a festa ao lado de Frogslake(foto) e outras! De olho no serviço, logo a seguir. E nos
vemos logo mais!
Serviço:
12
de março :: domingo :: 15h
Grunge
Forever - 4º edição
Shows:
FROGSLAKE
DOIS-PONTOS
PUMKINHEAD
IN
FLUVIUS
SMOKING
RATS
Local:
República Pub & Barber Shop
End.:
Rua Comandante Ari Parreiras, 1865, Loja 01, Paraíso, São
Gonçalo/RJ
Quando
falamos aqui do Bar Oswaldo Cruz na Lapa, na semana passada,
disse que a coluna voltaria a esse cantinho do bairro mais boêmio do
Rio, lembram? Sendo assim, aqui vai mais uma dica de botequim pra
tomar umas e atacar uns tira gostos! O Bar Peixe Frito fica
ali na Rua do Rezende, pertinho de outros bares com nomes similares.
Mas os preços aqui são mais convidativos. Nem precisa dizer que a
especialidade da casa são os frutos do mar, né? Destaque absoluto
pra porção de sardinhas fritas (foto)! Uma maravilha que sai
por R$36 e desce muitíssimo bem com as cervejas, que tem
preços girando ali pelos R$8. E acreditem se quiser, ainda
tem mais bares ali pela área! Como já disse aqui: vale a pena uma
visitinha a esse cantinho pouco badalado da Lapa, ok?!
Serviço:
Bar
Peixe Frito :: Rua do Rezende, 166, loja B, Lapa, Rio de
Janeiro/RJ / Informações
Tem
manifestação pelo 8 de Março no Centro do Rio! Com
concentração agora às 16h e saída às 18h, da Igreja da Candelária,
o evento acontece como parte da Greve Internacional de Mulheres
(8M), promovida hoje ao redor do mundo para marcar o Dia Internacional da Mulher. O lema do braço carioca da
greve é: “NEM UMA A MENOS! CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E
TRABALHISTA!” Informações e links (muito úteis) para saber
mais sobre a paralisação mundial de mulheres, na página do evento,
no Facebook.
Sábado
tem barulheira da melhor qualidade no bairro do Porto Novo, em São
Gonçalo! O espaço underground mais clássico da cidade
recebe quatro shows a partir das 20h e, como sempre, a entrada é
franca! Fazendo um som, os cariocas da banda Kröstah(foto)
dividem a noite com a gonçalense Sem Nada! As bandas Ritchie
Militchero e Atestado de Óbito completam o time! O
Metallica Pub fica na Rua José do Patrocínio, 42, Porto
Novo, São Gonçalo/RJ. Prestigie! Mais sobre o Metallica Pubaqui.
Inaugurando
nossa coluna de trilhas, cachoeiras, passeios e afins! E começando
com um passeio que, dizem, nove entre dez niteroienses já fizeram ao
menos uma vez: a subida do Costão de Itacoatiara. Trilha
relativamente fácil. Um trecho de trilha, propriamente dita e, ao
final do mesmo (onde também se pode acessar a Trilha do Bananal), a
subida pela pedra. Esta segunda parte talvez seja o único momento
realmente cansativo, pra quem não é acostumado. Chegando lá em
cima, a recompensa é uma vista incrível das praias da Região
Oceânica de Niterói, Pedra do Elefante e praias de Maricá. Vale
Muito a pena, hein?
Serviço:
Costão
de Itacoatiara (Parque Estadual da Serra da Tiririca) :: Rua das
Rosas, 4, Itacoatiara, Niterói/RJ / Informações
Quer
tomar uma cerveja a um preço justo, em plena Lapa carioca? Então, a
esquina das ruas André Cavalcanti e Rua do Rezende é o lugar certo
pra você dar um tempo numa ida ao bairro mais boêmio da Cidade
Maravilhosa! Cervejas de 600ml com preços girando em torno
dos R$6,50, por aí (pra quem conhece os preços da Lapa,
sabe que é quase um foco de resistência). E bem nessa simpática
esquina fica o Café, Bar e Restaurante Oswaldo Cruz. Como
todo boteco deve ser, com opções de tira gostos devidamente
expostas no balcão! Apesar de devidamente encantado pelo fígado de
lá, o carro chefe é mesmo a Batata Calabresa (foto). Boa, bonita e
barata, além de combinar muitíssimo bem com a pimenta da casa. Vale
a visita! E, olha... Algo me diz que a coluna voltará a dar as caras
nesse cantinho pouco badalado da Lapa, hein?
Serviço:
Café,
Bar e Restaurante Oswaldo Cruz :: Rua do Rezende, 129, Lapa, Rio
de Janeiro/RJ