quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Viva o Punk, Não Viva do Punk


Viva o Punk, Não Viva do Punk (CD Demo Coletânea / Independente)

Mais uma iniciativa interessante da galera carioca. Este Viva o Punk... reúne cinco bandas de diversos cantos do subúrbio carioca. Ao contrário do que se imagina, o material, embora simples, não tem nada de tosco não. O encarte é bacana e rico em informações. O texto de apresentação é bacana e ainda rolam os filhos da galera das bandas ou amigos apresentando bandas e sons.

Musicalmente o que temos é, óbvio, punk Rock tosco, com distorções no talo e cozinhas simples. Climão SUB na área, né? Ou seja, tudo para o sujeito sair pogando pela casa assim que a bolachinha começa a rolar. Claro que um dos (se não O) quesitos mais importantes são as letras. E aí o pessoal se esbalda: Subúrbio, pobreza, desemprego, anarquismo, liberdade, gritos de guerra e tudo o mais que uma coletânea punk tem direito. O ideal seria destacar todo mundo, pois todos merecem. Mas como o espaço é curto, fica uma menção ao pessoal do Indigentes. A banda de São Gonçalo tira nota dez em todos os quesitos! Só não dá pra entender como esses caras ficam tanto tempo sem tocar na própria cidade... Igualdade e Liberdade e Indigentes ficam como destaque, ok? Com um bom tempo de estrada nas costas, Sub-Atitude dá seu recado. Proletário, Remanescentes (que também se sai muito bem) e AAzilo (será que escreve assim?) que destoa por mergulhar na música brasileira e se sai muito bem em experimentações bem interessantes, completam um time em que todos merecem os parabéns.

E por falar em parabéns, vai um para os idealizadores, colaboradores e todo mundo que de alguma forma ajudou para um belo trabalho como esse visse a luz do dia. Aproveito para reproduzir um trecho do texto de apresentação aqui: “...Que exista outro mundo melhor, se acreditarmos ... Temos que nos informar, quem tem condições de fazer uma faculdade, faça. Vamos ser os melhores profissionais em cada área, para podermos mudar, ou vamos continuar falando, falando ... reclamando ... botando defeito ...” Serve não só para o meio punk, mas pra todo mundo envolvido com esse tal de underground, né?


por Rafael A.

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sábado, 27 de outubro de 2007

Rock na Garagem - 8ª edição


Metallica Pub (Porto Novo, São Gonçalo)

FUNGUS & BACTÉRIAS – REPRESSÃO SOCIAL – ANTECEDENTES – LA PUTA MADRE – INÉRCIA


Rock na Garagem - 8ª edição

Tarde de sábado ensolarada em São Gonçalo! Depois de uma semana de chuva que não acabava mais a melhor pedida era, sem dúvida, partir para o Metallica Pub onde rolava a oitava edição do Rock na Garagem! Cinco bandas programadas, sendo que destas cinco uma vinda de longe, lá de Barra Mansa. E uma em um momento bastante especial: Era a rapaziada da La Puta Madre estreando sua nova formação! E foi pra lá que o Tio Satan aqui rumou, sem titubear!

Apesar do pouco público, o clima no Metallica Pub era muito bom. Stands de cd’s, camisas, zines e tudo o mais que se tinha direito dentro do bar e até na calçada. Quem deu início aos trabalhos foi o pessoal da banda Inércia. Músicas como Sem Preço para a Liberdade, Degradação Humana e clássicos como Festa Punk do Replicantes impulsionaram as primeiras rodas de pogo do show! Em seguida foi a vez dos futuros Latitude Zero Prod. (N.E: Com licença... Dá pra não falar de assuntos internos na resenha???) da banda La Puta Madre estrear sua nova formação. Agora com apenas uma guitarra a banda se saiu muito bem como power trio e fez um belo show. Não faltaram músicas do mais recente trabalho Mãos Sujas e covers bem interessantes! Belo show! Já na parte final do evento a galera de Barra Mansa, representada pela banda Antecedentes, fez bonito num belíssimo show! Ótima banda de hardcore, vão longe com certeza! E já que não havia nem sinal de Fungus & Bactérias no Metallica Pub coube à clássica Repressão Social fechar o final de tarde quase noite de barulho no Porto Novo. Ótimo show coroado pela presença marcante da vocalista Gabriela. E mesmo com uma partida de futebol sendo transmitida simultaneamente na caixa do guitarrista Rodrigo a banda se saiu muito bem num show que merecia ser presenciado por mais gente. Fazer o quê?

No final das contas? Uma tarde das mais agradáveis. No melhor estilo ‘Ambiente familiar com música ao vivo...’! Como já devo ter mencionado, pena o público não ter aparecido como o evento merecia. Em todo caso, ficam os ótimos shows, as cervejas e a imagem dos ‘responsáveis’ pelo evento visivelmente bêbados em plena luz do dia (N.E: E o que o senhor tem haver com isso???)! Em dezembro tem mais Rock na Garagem!

por Tio Satan / foto: Rodolfo Caravana

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Zähc

Zähc

Dawn of the Thrash (CD Demo)


Mais um CD que chegou pra gente lembro de onde ou através de quem. E mais uma grata surpresa! Tudo bem simples. Banda de Itatiaia, interior do RJ. Capinha bacana, CD-R e dentro um belo EP que agrada a qualquer um que curta som extremo.

A banda aposta em um grindcore que, em alguns momentos, lembra a carioca Lástima. Vocais que vão do berro mais ‘metal malvado’ ao crustcore mais insano que você puder imaginar. E o som não foge a essa linha. Os caras passeiam pelo grindcore, crust, black grind e demais subdivisões do som extremo.

Destaques para O Pesadelo Nunca Acaba e All Bushits! E destaque também pra quem comanda as baquetas da banda. Batera muito bacana mesmo. Aliás, banda bem bacana. Ponto pro underground carioca!

por Rafael A.

Zähc

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sábado, 20 de outubro de 2007

Fusão Rock apresenta: Matanza


Bar do Blues (Zé Garoto, São Gonçalo)

MATANZA – NORTE CARTEL – DESTINO IGNORADO – EMATOMA – GARDENOL - MENTSAN


Fusão Rock apresenta: Matanza

Matanza de volta ao Bar do Blues! É verdade, eles estão de volta a São Gonçalo! Aliás, é sempre bom lembrar que embora digam por aí que o primeiro show dos caras na cidade foi no mesmo Bar do Blues, quem puxar pela memória vai lembrar que o mesmo Matanza (com direito a Nervoso na bateria) tocou no extinto Caverna do Rock, ao lado do Colégio Castelo Branco faz alguns (bons) anos. Ou seja, a relação da banda com São Gonçalo já vem de um bom tempo. E que tenha início o massacre!

O massacre mesmo começou com um certo atraso (pra quem organiza shows, normal), mas não foi com as bandas de abertura, não mesmo. Quem deu início aos trabalhos foi o pessoal da banda Mentsan. Embora a banda apresente um new metal redondinho, com tudo no devido lugar e boa dose de competência na execução de suas canções (e nem tanto quando o assunto é cover – lembro de um Slipknot, se não me engano) sua apresentação se tornou cansativa com o passar do tempo. Já com uma galera considerável dentro do Bar do Blues seguiram-se shows de Ematoma, Gardenol e Destino Ignorado. A primeira desceu o braço e cuspiu um noisecore de responsa (apesar de o público da região não fazer idéia do que seja noisecore...), a segunda mostrou músicas de seu primeiro CD O que é Isto? e a terceira foi, sem dúvida, a grande injustiçada da noite. Explico: A banda Destino Ignorado tem mais de dez anos de estrada e tem em seu currículo pelo menos três das melhores demo tapes que eu já ouvi na vida. Infelizmente o Hard Rock/Blues dessa clássica banda foi deixado de lado e colocaram os caras pra tocar ‘clássicos’ do Rock. Só esqueceram que o DI tem os seus próprios clássicos... Sem dúvida o melhor show dentre as bandas de abertura (levando em conta que o show do Destino Ignorado não foi um show do DI) foi da cabofriense Norte Cartel. O som dos caras com claras influências de NYHC se mostra mais arrasador a cada show. Impecável!!!

Tá, a Norte Cartel arrebentou, mas o massacre mesmo começou logo após o show dos caras. Jimmy & Cia. tomam o palco e, literalmente, espancam o público com uma seqüência de músicas maravilhosas interpretadas com o tesão de quem sabe que todos os olhares estão em sua direção e não admite fazer feio. E não fizeram! Rio de Whisky, Whisky para Um Condenado, Pé na Porta e Soco na Cara e a acachapante A Arte do Insulto foram algumas das canções com as quais o Matanza transformou essa noite de sábado em algo que dificilmente sairá da cabeça de quem esteve lá. Foi lindo! Pogo liberado (é assim que tem de ser, ok, Bar do Blues?) e tome roda! Diversão sadia e boa música: A noite perfeita! Vida longa ao Matanza!

Ainda deu tempo de anunciarem um disquejóquei que ‘agitaria’ a galera até de manhã. Mas quem se importaria com um dj à essa altura do campeonato??? Sem chances, o Matanza não deixou sobrar nada pra ninguém! Apesar de nem todas as bandas de abertura terem tido muito haver com o que se esperava do evento, a noite foi bem agradável (em vários sentidos, inclusive etílicos). Só lembrando uma coisa: A banda Destino Ignorado tem muita história pra ser tratada como uma bandinha cover qualquer (todas elas são, né?). E ‘...enquanto você fica aí arrumando tumulto, eu vou me aprimorando na arte do insulto...”

por Rafael A. / foto: Rodolfo Caravana

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Rhuna

Rhuna

Rhuna (CD / CultPar - Universal Music)


Não deve ser fácil entrar e sobreviver na selva das grandes gravadoras, certo? Bandas dispostas a tentar seu lugarzinho nas paradas de sucessos também não faltam. Pois bem: Temos aí esta banda carioca em seu álbum de estréia com direito a distribuição de major e tudo o mais, os caras apostaram alto nesse primeiro trabalho: Single pra rádio, site bacana, lançamento de primeira com toda a pompa e tudo como manda o figurino. Será que eles conseguem?

Em uma das guitarras, o nome do virtuose e premiadíssimo Alex Martinho chama a atenção e nos deixa com a pulga atrás da orelha para ver qual é a do som do Rhuna. Mas nem adianta esperar por solos intermináveis e na velocidade da luz por aqui. O lance é um pop Rock baseado em composições corretas, arranjos com cara ‘pesada’ e letras típicas do estilo. A cozinha formada pelo baixista Fabio Lessa e o batera Rodrigo Martinho cumpre sua função e não deixam a peteca cair. Na guitarra, o citado, Alex Martinho pode soar burocrático para os fãs de sua carreira instrumental, porém mostra competência em riffs bem colocados e bom gosto na escolha de efeitos e arranjos. Pode parecer estranho, mas algumas melodias lembram tremendamente Catedral. O vocalista Rafael também cumpre seu papel. Os destaques ficam por conta dos refrões de Sinal da Paranóia e Atitude que grudam na cabeça, as guitarras de O Certo, Opinião e a primeira música de trabalho Mergulho no Escuro que, pra mim fica como melhor momento do álbum.

Fica claro que trata-se de uma banda competente. Agora, a praia é o pop Rock e a intenção é, claramente, emplacar em rádios e MTVs por aí. De novo, nem adianta esperar do guitarrista Alex Martinho algo próximo de seu trabalho instrumental. A julgar pelo que rola nos ‘grandes’ meios de comunicação e do nível do lançamento, é provável (e tem tudo para) que dê certo. Fãs de pop Rock, baladas açucaradas e afins podem adquirir sem sustos.

por Rafael A.

Rhuna

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domingo, 14 de outubro de 2007

3° Underground Festival


Clube Mauá
(São Gonçalo)

75 BANDAS – 15 DJ’S



° Underground Festival 3° Underground Festival

Enfim, mais uma edição do evento que uma vez por ano reúne uma penca de bandas espalhadas em uma penca de palcos tocando ao mesmo tempo. E isso sem contar os dj’s, stands e todo tipo de figura estranha circulando no meio dessa confusão toda! Apesar do evento ter sido adiado do último domingo de setembro pra esse dia 14 a expectativa ainda era de ótimo público no Clube Mauá (que, sinceramente, é um dos lugares mais estranhos onde já entrei – perguntaram até se meus cigarros seriam postos a venda). Enfim.

Lá dentro, algumas expectativas confirmadas: Sim, havia todo tipo de figura estranha circulando de um lado para o outro. A feira alternativa desta vez ficou bem bacana, apesar do número reduzido de expositores. E só rolaram quatro dos cinco palcos programados. Óbvio que não daria pra resenhar o show de todas as bandas que participaram, então vamos falar de alguns destaques do evento, ok? A galera que veio de Teresópolis, Região Serrana do RJ, fez bonito: Nuestro Sangue e Aftazardem, no palco hardcore fizeram apresentações impecáveis! A primeira apresentou um metalcore de primeiríssima, já a segunda teve seu ponto alto no cover de Centro do Pica Pau Amarelo da clássica Gangrena Gasosa. Do outro lado do clube, no palco do metal a Unliver também fez uma bela apresentação apesar de não ter sido prestigiada por muitos dos presentes. De volta ao palco hardcore (que foi, de longe, o mais interessante do evento apesar de algumas bandas completamente deslocadas) a Kombi que Pega Crianças subiu com jogo ganho só pra variar. Daí, foi só administrar o resultado e agitar o povo com sons como Pokémon e tantas outras já conhecidas da galera.

Outras que conseguiram bons resultados foram Segundo Quarto, Shar, Seu Miranda, Sem Nada (ótimo show, que o público ignorou pra rebolar ao som de um dos dj’s) e Ckuela. Óbvio que não rolaram as 75 bandas prometidas na divulgação do evento, e é claro que a falta de um dos palcos meio que embolou o meio de campo (deixando bandas completamente deslocadas em palcos que não tinham nada haver com seu som), mas uma coisa marcou quem prestou um pouco de atenção no que rolava no Clube Mauá nesta tarde de domingo: Ao menos pra mim, soa patético e altamente desestimulante (pra alguém que trabalha no meio underground) perceber que a maioria do público presente estava mais afim de se contorcer ao som das músicas executadas pelos dj’s do que curtir os shows das bandas. Sei lá, não consigo compreender o que passa na cabeça dessa galera nova, não mesmo. Pra não descer o nível da resenha: Ridículo!

Enfim, pelos meus cálculos cerca de 30 bandas se apresentaram. Algo em torno de 5 ou 6 dj’s tocaram (embora apenas um deles, o último que vi, tenha se preocupado em tocar algo de relevante). O público não foi, de longe, o esperado e não rolaram bandas que não só eu, mas boa parte da galera estava afim de ver, como a Norte Cartel. Ainda assim foi uma tarde agradável; cansativa, porém agradável. Encontrar um monte de gente e tomar umas cervejas. Ao que tudo indica ano que vem tem outro. Vamos ver no que dá.

por Rafael A.


sábado, 13 de outubro de 2007

Punk Rock e HC – Som Anti-Aquecimento Global

Bar do Bigode (Praça da Bandeira, Rio de Janeiro)


FUNGUS & BACTÉRIAS – LACRÁU – SEM NADA – INÉRCIA – MPO – MNK – CU

Sempre bom voltar aos eventos promovidos por UPI & Cia. Ainda mais na boa e velha Rua Ceará, bem pertinho da Vila Mimosa! E nesta noite de sábado, fora a presença das bandas cariocas e de duas bandas de São Gonçalo, ainda rolaria a volta dos meus camaradas do Fungus & Bactérias fazendo show de aquecimento para a Hell and Hell Tour! A noite prometia!

E lá foi o Tio Satan aqui atravessar a ponte e pisar mais uma vez na rua mais clássica do underground carioca! Chegando lá o clima era dos melhores: Churrasco, cheiro de cerveja no ar e Fungus & Bactérias, que havia dado o ponta pé inicial nos shows, tocando. Pronto! F&B de volta a atividade! Tirando o chapéu esquisito do guitarrista PC e o fato de o Sr. FMZ (na outra guitarra) que não tem um pingo de juízo e ainda se comporta feito um debilóide no palco, tudo está no lugar! Após o show do F&B me senti na obrigação de dar uma volta pela área e rever velhas amigas, logo ali ao lado. O passeio não foi dos mais proveitosos, em todo caso... Enfim, voltei a tempo de assistir a mais apresentações. Algumas delas merecem destaque: Inércia e Sem Nada, ambas de São Gonçalo fizeram ótimos shows e tiveram em seus ‘hits’ o ponto alto de suas apresentações. A primeira com Degradação Humana (que eu não ouvia desde a época do Zoeira Cultural) e a Sem Nada com... Sem Nada!

Pois bem, missão cumprida! O F&B está de volta.... E o Tio Satan também! Que venham outros shows. Mais eventos como esse. Outras confraternizações e muitas outras visitas a Rua Ceará! Viva o bom e velho Rock n’ Roll e todos que trabalham por ele sem esperar absolutamente nada em troca! E desculpem por não haver foto, mas ainda não consegui comprar minha tão sonhada câmera digital (N.E.: Quem sabe se o senhor diminuir essas visitinhas à Rua Ceará não consegue juntar algum dinheiro? Aliás, debilóide é o c******!). Até a próxima!

por Tio Satan

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Maratona do Rock


Espaço Convés (Gragoatá, Niterói)

THE KNUTZ – CARAS DE VIDRO – SENTIDO ALTERADO – THE BRUNOS – CARTOLAS – CIRCO MODERNO


Primeiro dia de Maratona do Rock no Convés! Evento que promete levar a galera pro Convés em pleno feriadão. E apesar de ‘nossa querida Niterói’ se transformar em cidade fantasma em qualquer sinal de feriado que seja, a galera compareceu. Óbvio, chegando sempre muito depois da hora marcada na divulgação. Vamos falar de som?

Quem deu início a maratona foi o pessoal da Cartola. Apesar de ser uma banda corretinha, a galera peca por ficar presa a covers e versões. Se saíram até bem interpretando sons do Brock’80, mas derraparam feio demais em versões equivocadas para canções de Pato Fu e Cake. O som mal equalizado no palco (que fique claro – não tem haver com a sonorização do evento) não serviu de desculpa pra banda Sentido Alterado. Mesmo ficando claro que se trata de uma banda nova, dando seus primeiros passos (e, possivelmente, fazendo uma de suas primeiras apresentações) o som com influências gritantes de bandas de Seattle não convenceu. Apresentação fraca. Quem parece que subiu pra salvar a parada foi o pessoal da Caras de Vidro. Destilaram um Rock n’ Roll bacana com influências de sons das antigas. Raulzito está lá sem sombra de dúvidas! Barulho bacana e presença de palco certeira de seu vocalista! Belo show, ponto pros caras!!!

O dever chamava este que vos escreve. Sendo assim não rolou de conferir as outras bandas do dia. Ficou pra uma outra oportunidade, inclusive, o show da banda Knutz, uma das coisas mais interessantes surgidas por aqui nos últimos tempos (parece que até na DDK os caras vão tocar!) ... E êita feriadão pra ter show esse, hein?

por Rafael A.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Metallica Pub apresenta

11/10/2007

Metallica Pub (Porto Novo, São Gonçalo)

ATAQUE PERIFÉRICO – INDEXTERITY – HALÉ – MATANDO CACHORRO À GRITO

Véspera de feriado e todo mundo disposto a beber o máximo que conseguir no menor espaço de tempo e gastando o menos possível! E daí, né? E daí que este que vos escreve se encontrava em situação semelhante. E já que voltamos com essa idiotice de resenhar shows e tal, e sendo que o feriado prometia uma penca de shows em tudo quanto era canto, não havia outra saída senão deixar nossa base de operações (bar) e rumar para o que prometia ser o evento mais interessante desta quinta-feira quente no Leste Fluminense.

É bem verdade que ter chegado atrasado ao Metallica Pub (por volta de uma da madrugada) não me credencia para falar do evento com propriedade. Porém, só pra variar, o evento também começou com um atraso considerável e ainda pude conferir parte da apresentação da carioca Halé. Aliás, um bom show da que foi a segunda a tocar na noite (a primeira havia sido a gonçalense Matando Cachorro à Grito). Banda redondinha executando um crust hc empolgante! Estão no caminho mais que certo! Ponto pra eles! Em seguida foi a vez dos paulistas ‘gente boa’ da Indexterity promoverem um verdadeiro massacre! Sem brincadeira, que banda! Hardcore extremo muito bem executado, riffs certeiros, peso e agressividade. Verdade também que boa parte dos presentes não parecia ter a menor idéia acerca de grind, metalcore, NYHC e afins (aliás, estilos por onde o som do Indexterity passeia). Mas foram esses mesmos que grudaram no palco (???) e assistiram a ótima apresentação da banda paulista.

Apesar de a atração mais aguardada da noite, a carioca Ataque Periférico, não ter podido tocar a noite foi bastante agradável, principalmente para fãs de hardcore extremo e similares. Aos poucos, o Metallica Pub vai voltando a incomodar os moradores do Porto Novo (o que, definitivamente, já se tornou um problema). Feriadão só no começo. Vamos ver como isso termina...

por Rafael A.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Humanos Mortos (CD Demo / Independente)

É estranho como determinados estilos, embora tenham público fiel e bandas aparecendo quando e de onde menos se espera quase nunca tem espaço mesmo na mídia independente. Há quem acredite que determinados tipos de som são mesmo panes para quem curte muito, ou o velho só para iniciados... Vai saber, né? Pois bem, dei essa volta toda pra apresentar essa galera vinda de Itaperuna, interior do estado do Rio de Janeiro. E que som fazem esses caras...

De cara, no vocal temos sr. Heron (clááááássico), responsável pelos berros da banda Uzômi. Completando a banda rola uma cozinha arrasadora e uma guitarra pra lá de esporrenta. Grind, Splatter, Gore, só a presença de sr. Heron nos vocais já dá margem para que relacionemos o som dos caras a uma penca de coisas e bandas, mas simplificando: Um senhor grindcore pra ninguém botar defeito! Me lembrou um pouco dos mineiros do Stomachal Corrosion. Humanidade X Humanismo e Patrimônio Genético são ótimos momentos do trabalho! Rola ainda uma versão grindcore para Thrash Breeds Thrash do Doom no final da demo.

Boa estréia e boa amostra do que deve ser ao banda Humanos Mortos ao vivo. Fica a torcida para que, em breve, apareça um álbum desses caras por aí. E, claro, para que o cenário descrito no começo da resenha mude em breve e mais gente possa ter acesso a estilos pouco difundidos. Parabéns pra eles!

por Rafael A.

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sábado, 6 de outubro de 2007

Rockz, Manacá, A Kombi Que Pega Crianças, Noitibó, Espaçonave, Dissonância / Araribóia Rock Fest – 4ª edição - Studio Bar - Pendotiba - Niterói


6/10/2007

Quarta edição do Araribóia Rock Fest. rolando no Studio Bar. Um espaço clássico e fundamental para a história do underground de ‘nossa querida Niterói’ (até Dead Fish tocou lá há muito tempo atrás, lembra?) que fica em Pendotiba, um bairro estranho que consegue ficar entre Niterói e São Gonçalo, perto do nada e ‘ao lado do muito longe’, e ainda assim parecer não estar em lugar algum... E lá vamos nós de novo!

Quem deu as boas vindas à galera que chegava foi a Espaçonave. A galera de Niterói mostrou o mesmo power pop afiado de sempre, sons saindo do forno que já apontam novos horizontes no trabalho da banda e a versão pro som da banda gaúcha Bidê ou Balde que já vinha sendo apresentada nos shows. Já com um público maior na casa a também local Dissonância parece ter agradado a boa parte dos presentes apesar da apresentação, a meu ver, burocrática e um tanto quanto sonolenta. Em seguida foi a vez do, agora, quarteto Noitibó subir ao palco e mostrar sua mistura de Rock Alternativo e Samba-Rock com pitadas jazzísticas. Apesar da recepção fria do público a banda esbanjou competência e mostrou entrosamento e criatividade acima da média (ao menos, em se tratando de nosso combalido underground local).

A essa altura o povo já se sacudia sob o comando dos disquejóqueis da festa Juicebox que animavam os intervalos entre as apresentações. Foi aí que rolou o momento ‘estranhamento’ da noite. No palco a, até então desconhecida da maioria dos presentes, Manacá: O Rock Alternativo com pitadas de ritmos latinos e música regional definitivamente não convenceu. Tudo meio que forçado demais. Apresentação arrastada e burocrática que não se salvou nem no visual ‘a lá Pitty’ da bela vocalista com seu pandeiro (???).

E como diria o Matanza: ‘Eis que de repente eu vejo tudo melhorar’! A Kombi que Pega Crianças toma conta do palco do Studio Bar pra fazer, só pra variar, a melhor apresentação da noite! Teve de tudo: Troca Injusta, Pobre Menino e até a ‘crássica’ Pokemon! Energia, empolgação e o mesmo hardcore melódico bem humorado de sempre renderam a banda gonçalense a atenção do público e os melhores momentos do evento. Quem fechou a noite foi a carioca Rockz, já com um público bastante reduzido na casa. Aliás, público que, inexplicavelmente, parecia estar mais afim de curtir pista de dança do que show. Vai entender...

E no final das contas os destaques da noite ficaram sendo o show da KQPC e as cenas digamos... bizonhas protagonizadas pela galera da mesma KQPC e da Sttiva (que sim, são indies) no meio do salão ao som dos disquejóqueis que acertaram, ao menos uma vez, disparando Matanza a todo volume no meio da madrugada! E não é que esse povo prefere mesmo a pista de dança ao palco??? Jovens.... Aliás, como faz pra voltar pra casa????

por Rafael A. / foto: Rodolfo Caravana

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