sábado, 29 de março de 2008

Audio Rebel apresenta:

Audio Rebel (Botafogo, Rio de Janeiro)

MÚSICAS INTERMINÁVEIS PARA VIAGEM – CHOOSE A LIFE – DO AMOR


Mais uma missão me foi passada pelo ‘senhor FMZ’ Rafael A.: Despencar para o nobre bairro de Botafogo, zona sul da Cidade Maravilhosa para fazer a cobertura de mais uma apresentação de sua Choose a Life (foto). E como o Titio Satan aqui nunca nega fogo atravessei a ponte fui conferir o que rola atualmente no underground da zona sul carioca.

Fazia tempo que não ia a um show com apenas três bandas. Ponto positivo pra quem organizou o evento. Estava atrasado, mas como o evento também atrasou me livrei de um puxão de orelhas de meu querido editor (N.E.: Começou a palhaçada...). Mal sabe ele que perdi um bom tempo rodando o bairro à procura de um lugar aconchegante para tomar umas cervejas. Cheguei justamente na hora em que a Choose a Life começava seu show. Fizeram uma ótima apresentação, impecável na parte técnica e empolgante no que diz respeito à presença de palco e animação de seus integrantes. Em seguida foi a vez da banda carioca Do Amor que também fez um bom show só que, a meu ver, menos empolgante que a Choose a Life. E encerrando o evento a dupla gaúcha Músicas Intermináveis Para Viajem apresentou suas músicas que aparentemente sofreram muitas influências de bandas dos anos oitenta. Outra boa apresentação.

Satisfeito e com o sentimento de dever cumprido aproveitei que já estava em solo carioca e dei uma esticada até a Vila Mimosa, só pra não perder o hábito. Mais uma missão realizada com sucesso! E antes de encerrar: Queria informar a nova colaboradora deste zine, a senhorita Gisele, que não adianta sair por aí perguntando por mim. A identidade do Tio Satan é guardada a sete chaves (N.E.: Eu falei com ela...).

por Tio Satan

quarta-feira, 26 de março de 2008

Mob Ape

Terra do Medo (CD / Independente)


Trabalho bacana direto de Goiânia! Boa banda da qual já ouvimos falar por aqui faz um tempinho. Vale ressaltar que o lançamento tem o apoio da Não! Não! Records, de Olinda (PE). Ou seja, tem coisa boa nesse CD, com toda certeza!

E a parada é boa mesmo. A Mob Ape brinda o ouvinte com um hardcore rápido e certeiro! Rolam coisas aqui e ali de thrashcore (algumas passagens lembram demais bandas finlandesas como Força Macabra e Rattus) e claras influências de RDP em alguns sons. Letras de protesto (e nem poderia ser diferente, não é?) e dez bons motivos pra sair por aí pogando feito louco! Burguesia Assassina, Dia de Fúria (uma das melhores do CD) e Banquete de Ratos ficam entre minhas favoritas!

Fãs de hardcore extremo podem adquirir sem medo de decepções. Deu vontade de conferir um show desses caras... Se passar perto da sua casa vai assistir, ok? Depois escreve pra cá dizendo como foi.

por Rafael A.

Contato:
mobapeband@hotmail.com

quarta-feira, 19 de março de 2008

Oito Milímetros

Mucho Gusto (CD / Independente)


Banda carioca das antigas resistindo ao tempo e lançando este Mucho Gusto. Parte gráfica bacana, do tipo que agrada aos mais exigentes sem deixar de ser simples. Ponto pros caras já na saída! Mesmo com uma quantidade considerável de faixas (hoje em dia isso assusta) a bolachinha parece conter material de primeira. Vamos ver qual é, então.

Logo na primeira faixa, intitulada O Erro, a impressão que se tem é de que estamos diante de uma banda tipo a catarinense Neitan, a tal mistura de new metal com elementos de hardcore e emocore. Porém, ao longo do CD os caras mostram que a onda deles é o hardcore melódico de Bad Religion e Dead Fish. E isso eles fazem bem. Apoiados em uma gravação bacana os caras fazem a festa com um instrumental no esquema de arranjos bem bolados. Faixas como Por que tudo tem que ser assim?, Mágico de Oz e a faixa título fazem bonito. Rolam momentos menos inspirados, como nas melosas Num Sorriso e Pensando em Você (apesar do belo solo de guitarra). Fica claro que a onda dos caras é falar do cotidiano e de questões existenciais, por assim dizer. Quando a coisa requer uma dose maior de sentimentalismo a parada, definitivamente, não flui. Mas, de uma forma geral, o trabalho é digno de parabéns. Principalmente em coisas como Revolta Num Dia Cinza, meu destaque do CD.

No final das contas as dezessete faixas acabam por tornar o trabalho meio que cansativo. Como disse no começo, hoje em dia já causa um certo estranhamente dar de cara com mais de dez faixas em um CD de banda independente. Mas os veteranos da Oito Milímetros se saem muito bem neste Mucho Gusto. Boa pedida pra quem curte HC melódico e afins.

por Rafael A.

Contato:
www.oitomilimetros.com

quarta-feira, 12 de março de 2008

Opallas

Incondicional (CD / Porão do Som Discos)


Essa banda carioca andou conseguindo bons resultados até fora do RJ. Este Incondicional foi bem aguardado pelos fãs dos caras. Na verdade, se levarmos em conta que ele só chegou pra gente um tempo depois de lançado (não é Marx?) e que este zine com certeza está saindo com um atraso considerável, sim, estamos atrasados.

Vamos ao Opallas: É bem verdade que estamos falando do famigerado emocore. Pois é, mas os caras fizeram o dever de casa direitinho. O resultado disso é um álbum competente. Aliando peso, melodias bem cuidadas e letras tratando de relações desfeitas, corações partidos e coisas do tipo que o gênero tanto explora. Dá pra sentir ainda que os caras ouviram, além de emocore e todo esse lance, coisas de Rock Alternativo e Los Hermanos. Bons arranjos (mesmo que com, ao meu ver, uma derrapada aqui e ali) e refrões marcantes devem agradar aos fãs e conquistar uma fatia considerável do cenário emocore nacional. Ao menos condições pra isso a banda tem de sobra. Não ficam devendo em nada para nenhum dos nomes que hoje figuram entre os grandes do Rock nacional como NxZero ou Hateen, por exemplo. Se bem que, se for pra comparar, o Opallas ganha fácil das duas paulistas aí em cima.

Missão cumprida. Embora SP continue aparecendo como grande centro do país (se bem que andam rolando sinais de mudanças, e isso é bom) não só para bandas de emocore mas para o cenário independente de uma forma geral, os cariocas do Opallas chegaram com um belo trabalho que, como disse, não fica devendo em nada para medalhão nenhum. E em alguns casos até deixa uma meia dúzia pra trás sem maiores problemas. Para fãs do gênero, satisfação garantida.

por Rafael A.

Contato:
Porão do Som Discos:
Caixa Postal 361 - Balneário Camboriú - SC
Brasil CEP 88330-000
www.poraosdosom.com.br

sábado, 8 de março de 2008

Fusão Rock – 1 ano

Bar do Blues (Zé Garoto, São Gonçalo)


UZÔMI – FUNGUS & BACTÉRIAS – EMATOMA – PACTO SOCIAL – + BANDAS COVER


Mais um show dos meus camaradas da banda Fungus & Bactérias em São Gonça. Aliás, esse show marcava a volta da banda ao Bar do Blues depois de mais de cinco anos sem se apresentar nesse que é um dos espaços com mais história no underground gonçalense. Junto com a F&B, Uzômi e outras bandas de muito valor no circuito independente de nossa região e mais duas bandas covers.

Infelizmente, dessa vez o Tio Satan chegou mesmo atrasado e perdeu o show dos camaradas, que abriram a noite. Pelo que ouvi o show aconteceu com praticamente ninguém do lado de dentro. Uma pena. Porém, tive a oportunidade de assistir aos bons shows de Uzômi (que teve o show interrompido pelo técnico de som sem motivo aparente, só por estarem agitando em cima do palco), Ematoma e Pacto Social. Cada uma dentro de seu estilo, fizeram ótimos shows. Pena que pouca gente viu. Sinceramente, não me interessei pelos shows das bandas covers. Uma tocou Bad Religion e outra Ramones. Durante a primeira, dei uma assessorada no stand do FMZ e na outra já havia deixado o Bar do Blues em busca de outras emoções que a madrugada gonçalense me reservava. De uma forma geral o evento me pareceu meio chato, com pouca gente. Talvez devido ao preço do ingresso ou a divulgação falha. A verdade é que as bandas com trabalho próprio que se apresentaram mereciam um tratamento melhor. Ao que me parece, não era permitido sequer subir ao palco para participar com a galera das bandas. O Titio aqui não tem mais idade pra isso, é verdade, mas a garotada gosta, e isso deveria ser levado em conta.

O que fizeram com o pessoal da Fungus & Bactérias também não foi bacana: Largar uma banda no seu décimo terceiro ano de estrada em cima do palco para abrir um show vazio. Seja por motivos pessoais ou qualquer outro tipo de fator não me parece certo. De qualquer forma, não sou produtor de eventos e acredito que os responsáveis pelo evento devem ter tido seus motivos para agir dessa forma. Mais uma vez ‘garfaram’ meus amigos. Mas não tem nada não, Tio Welber (quanto tio, não?) e Sr. FMZ não desistem assim tão facilmente. Vem muito mais F&B por aí, disso eu tenho certeza!

por Tio Satan / fotos Rodolfo Caravana

quarta-feira, 5 de março de 2008

Canseco

Canseco (CD Demo / Independente)


Essa banda atendia por outro nome, se não me engano. É mais uma das que, parece, se divide entre Niterói e São Gonçalo. Tudo muito no esquema no que tem a ver com apresentação, encarte, gravação, enfim. Tudo muito arrumadinho e bem apresentado neste CD demo dos caras que chegou pra nós.

E o conteúdo faz jus a apresentação do trabalho. Os caras mandam bem. Rolam influências de bandas da década de setenta como Deep Purple, Bud e riffs com cara de Rock progressivo da mesma época. O grande lance dos caras é pegar essas referências e cruzar com coisas mais recentes tipo Pearl Jam e bandas de Rock alternativo da década de noventa. Aliás, a banda de Eddie Verder parece ser uma grande influência, principalmente para o vocalista Felipe Corrêa. Outro que faz bonito é o guitarra Daniel Franco. Parede Cinza, que abre o disco fica como meu destaque. Vulgo Quem? lembra demais, em alguns momentos Alice in Chains e também pode ser destaque.

Pra quem se amarra em sons da década de setenta e noventa a Canseco é, sem dúvidas, uma boa pedida. Instrumental no esquema, arranjos legais, enfim. Uma boa banda que, se bem trabalhada, pode alçar vôos maiores. Qualidade pra isso tem.

por Rafael A.

Contato:
www.canseco.com.br

sábado, 1 de março de 2008

Skol Rock Independente X Cover

Bar do Blues (Zé Garoto, São Gonçalo)


A KOMBI QUE PEGA CRIANÇAS – EUFRAZINUS – MEIO-FIO – L.O.K.O – CARLOS SPHILER – PRINCÍPIA – + BANDAS COVER


Vamos lá, então: Não, o Skol Rock não está de volta (de Skol mesmo só a tal dose tripla a R$5). Mas esse era o nome anunciado no material de divulgação do evento (com logo e tudo, logo nos resta dar crédito a produção). Aliás, que fique claro desde já que esse lance de banda cover não me soa nada bem. Salvo raríssimas exceções em que o trabalho é realmente bem feito em todos os níveis: Tipo caracterização, execução fiel do repertório, enfim... Em todo caso, vamos ao que se passou no Bar do Blues.

Quem deu início aos trabalhos foi a banda cover de Guns n’ Roses, se não me engano. Segundo o material de divulgação tratava-se da banda Attar. Analisando friamente? Ficaram na média das bandas covers que se apresentam nesse tipo de evento aqui pela região: Nada demais. A partir daí, este que vos escreve se viu impedido de resenhar qualquer coisa que seja. A chuva deu o ar de sua graça e não restou outra opção senão me mudar, junto com meu stand, pra parte coberta do lugar onde em instantes começaria a rolar o ‘2° ambiente’ com disquejóqueis desfilando todo seu conhecimento musical pra galera bacana e descolada que sai de casa pra dançar e ignorar as bandas no palco. Só pra não soar implicante com os disquejóqueis que passaram pela ‘pista’ do Bar do Blues vale destacar que no meio de um barulho ensurdecedor, que em alguns momentos dificultava até identificar as músicas tocadas (como se alguém ali se importasse...), algumas coisas interessantes foram tocadas como, por exemplo, Dead Kennedys e Radiohead.

Só para o que rolou no palco não passar batido por esta resenha, como passou para boa parte do bom público presente ao Bar do Blues, vale citar que a maioria esmagadora dos presentes bebeu, dançou e se esfregou aguardando o show d’A Kombi que Pega Crianças. Até porque este show dos caras era anunciado como ‘pré-lançamento’ do CD e DVD ao vivo (nem sinal de nenhum dos dois por lá). E os caras não decepcionaram, só pra variar. Pobre Menino, Troca Injusta, Festa de Peão e a bem sacada Óticas do Povo mataram a vontade de quem ficou por lá esperando os caras. A ‘pista’ continuava animada, mas já não havia muito o que ver (muito menos fazer) por lá. Hora de dormir criançada!

por Rafael A.

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