sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

FMZ 2016 :: A volta do que não se foi, ou coisa parecida...

 
Voltamos! Bom, na verdade, nunca fomos. Mas voltamos! É bem verdade que o final do ano passado e o começo de 2016 não foram lá muito gentis em diversos aspectos. No frigir do ovos, as atividades aqui em nossa versão online (bem como na tão planejada próxima edição impressa desse nosso fanzine) ficaram meio que à deriva. Uma ou outra postagem esporádica e fomos levando. . Bom, de volta à vaca fria?

Desde que surgiu, em 2002, a ideia do FMZ sempre foi reportar, anunciar e (porque não?) tentar entender o que se passava em nosso cenário underground, alternativo ou seja lá como se queira chamar. Óbvio, os discos e livros da adolescência nos forçam a questionar tudo isso que acontece nesse cenário tão carente, complexo e, espantosamente, rico. Afinal, como entender (e concordar ou discordar) seja lá o que for sem questionar, né? Bom, foi assim que esse fanzine aprendeu e, muito por causa disso, surgiu (culpa de Bad Religion, Dead Kennedys, Cólera, Plebe Rude, Orwell, Kafka e tantos outros)!

O ano começou (bem antes do Carnaval, acreditem) e o FMZ ainda quer as mesmas coisas. Ainda queremos difundir, reportar e entender a arte que acontece nos subúrbios, saraus, bares, porões, garagens, ruas, esquinas e submundos espalhados por aí e fervilhantes de ideias, imagens e sons! Apesar de mudanças ao longo desses quatorze anos de atividades, a ideia continua sendo a mesma: contribuir (inclusive, questionando)! Tem muita coisa legal acontecendo, muita gente boa querendo ser lida e ouvida por aí. E o foco, cada vez mais, passa a ser o que rola aqui em nossa Região. Rio, São Gonçalo e nossa Niterói (ainda falta entender o que aconteceu com nossa cidade...).

Velhos parceiros (que venham novos, sempre!!!), novos e velhos projetos, entrevistados, gente que arregaça as mangas e faz! Queremos estar próximos e ter notícias de todos vocês pra noticiar aqui! A ideia é dialogar com todos, de todos os cantos, cenas, vertentes, origens... É difícil não deixar refletir aspectos de nossas vidas nesse tipo de trabalho. Ambos se confundem de tal forma, que num dado momento não sabemos, parafraseando Humberto Gessinger, o que é “ancora” ou “vela” (“Qual me leva?/Qual me prende?”).

Fato é: quem entende o meio underground como ferramenta de participação na sociedade, “militância cultural”, política ou como mais que a cervejinha do final de semana, sabe o quanto é difícil viver sem respirar, sem se sentir ativo, útil... É bem verdade que: de alguns tombos nunca levantamos. Resta (tentar) assimilar onde erramos e conviver com os danos e perdas oriundos do mesmo... a reflexão também se aplica ao nosso cenário. O que deixamos de fazer, onde acertamos, onde erramos, de onde nos afastamos e do que nos aproximamos. Tudo isso contribui, assim como em nossas vidinhas egoístas, com o todo à nossa volta. E nosso “mundinho” underground não poderia fugir à regra...

Entender, assimilar, questionar, difundir, gritar, circular, conhecer, encontrar, descobrir... Queremos mesmo tudo isso. Tudo isso que sempre quisemos, desde janeiro de 2002, quando as primeiras duzentas cópias xerocadas deste fanzine foram lançadas (na primeira edição do finado Projeto Praia do Rock)! Sendo assim: lá vamos nós... de novo!

Vindo por aí: novo número de nosso FMZ impresso, dez anos de Rock na Garagem, (como não comemorar uma marca dessas???) mais e mais edições de nosso querido Sarau Feira Moderna, mais projetos com o Metallica Pub e outros parceiros, e por aí vai! Vamos! E pra começar o ano, já tem barulho na próxima semana! Na sexta (19) tem Unplugged Sessions e no sábado (20) mais um FMZ Apresenta com a banda chilena Epidemia, tudo isso na casa do underground gonçalense, o Metallica Pub! Aos trabalhos, né? Nos vemos por aí!

Rafael A.

Ah sim! Faltou nossa música tema, nosso samba enredo, marchinha, hino ou coisa que o valha (e olha que nunca fez tanto sentido...hehe):








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