Voltamos!
Bom, na verdade, nunca fomos. Mas voltamos! É bem verdade que o
final do ano passado e o começo de 2016 não foram lá muito gentis
em diversos aspectos. No frigir do ovos, as atividades aqui em nossa
versão online (bem como na tão planejada próxima edição impressa
desse nosso fanzine) ficaram meio que à deriva. Uma ou outra
postagem esporádica e fomos levando. . Bom, de volta à vaca fria?
Desde
que surgiu, em 2002, a ideia do FMZ sempre foi reportar,
anunciar e (porque não?) tentar entender o que se passava em nosso
cenário underground, alternativo ou seja lá como se queira
chamar. Óbvio, os discos e livros da adolescência nos forçam a
questionar tudo isso que acontece nesse cenário tão carente,
complexo e, espantosamente, rico. Afinal, como entender (e concordar
ou discordar) seja lá o que for sem questionar, né? Bom, foi assim
que esse fanzine aprendeu e, muito por causa disso, surgiu (culpa de
Bad Religion, Dead Kennedys, Cólera, Plebe
Rude, Orwell, Kafka e tantos outros)!
O
ano começou (bem antes do Carnaval, acreditem) e o FMZ ainda
quer as mesmas coisas. Ainda queremos difundir, reportar e entender a
arte que acontece nos subúrbios, saraus, bares, porões, garagens,
ruas, esquinas e submundos espalhados por aí e fervilhantes de
ideias, imagens e sons! Apesar de mudanças ao longo desses quatorze
anos de atividades, a ideia continua sendo a mesma: contribuir
(inclusive, questionando)! Tem muita coisa legal acontecendo, muita
gente boa querendo ser lida e ouvida por aí. E o foco, cada vez
mais, passa a ser o que rola aqui em nossa Região. Rio, São Gonçalo
e nossa Niterói (ainda falta entender o que aconteceu com nossa
cidade...).
Velhos
parceiros (que venham novos, sempre!!!), novos e velhos projetos,
entrevistados, gente que arregaça as mangas e faz! Queremos estar
próximos e ter notícias de todos vocês pra noticiar aqui! A ideia
é dialogar com todos, de todos os cantos, cenas, vertentes,
origens... É difícil não deixar refletir aspectos de nossas vidas
nesse tipo de trabalho. Ambos se confundem de tal forma, que num dado
momento não sabemos, parafraseando Humberto Gessinger, o que
é “ancora” ou “vela” (“Qual me leva?/Qual me prende?”).
Fato
é: quem entende o meio underground como ferramenta de
participação na sociedade, “militância cultural”, política ou
como mais que a cervejinha do final de semana, sabe o quanto é
difícil viver sem respirar, sem se sentir ativo, útil... É bem
verdade que: de alguns tombos nunca levantamos. Resta (tentar)
assimilar onde erramos e conviver com os danos e perdas oriundos do
mesmo... a reflexão também se aplica ao nosso cenário. O que
deixamos de fazer, onde acertamos, onde erramos, de onde nos
afastamos e do que nos aproximamos. Tudo isso contribui, assim como
em nossas vidinhas egoístas, com o todo à nossa volta. E nosso
“mundinho” underground não poderia fugir à regra...
Entender,
assimilar, questionar, difundir, gritar, circular, conhecer,
encontrar, descobrir... Queremos mesmo tudo isso. Tudo isso que
sempre quisemos, desde janeiro de 2002, quando as primeiras duzentas
cópias xerocadas deste fanzine foram lançadas (na primeira edição
do finado Projeto Praia do Rock)! Sendo assim: lá vamos
nós... de novo!
Vindo
por aí: novo número de nosso FMZ impresso, dez anos de Rock
na Garagem, (como não comemorar uma marca dessas???) mais e mais
edições de nosso querido Sarau Feira Moderna, mais projetos
com o Metallica Pub e outros parceiros, e por aí vai! Vamos!
E pra começar o ano, já tem barulho na próxima semana! Na sexta
(19) tem Unplugged Sessions e no sábado (20) mais um FMZ Apresenta com a banda chilena Epidemia, tudo isso na casa
do underground gonçalense, o Metallica Pub! Aos trabalhos,
né? Nos vemos por aí!
Rafael
A.
Ah
sim! Faltou nossa música tema, nosso samba enredo, marchinha, hino
ou coisa que o valha (e olha que nunca fez tanto sentido...hehe):
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