sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Entrevista Burn The Mankind


Direto do Sul, chega uma das bandas de som extremo mais bacanas que já deram as caras neste humilde fanzine! Formada a cerca de dois anos, a Burn The Mankind já chega com uma senhora bagagem! Contando com um integrante que por oito anos defendeu a extinta banda Nephasth e um belo debut disponibilizado na página dos caras no Myspace. A Burn The Mankind pratica um Death Metal de primeiríssima, prezando pela qualidade de seu material e flertanto com outras praias nem tão distantes, como o Grindcore (que o diga a versão para o som da RxDxP, também disponível no Myspace). Trocamos uma idéia com os gaúchos dessa banda pra saber mais sobre sua história e o cenário undeground do Sul do Brasil. Aí vai o papo com os caras da Burn The Mankind!


FMZ: Dos quatro integrantes que formam a banda, três vem de outros projetos. Contem pra gente como foi esse encontro que deu origem a Burn The Mankind.

Marcos Moura: Desde o fim do Nephasth, em 2005, nunca descartei a possibilidade de formar um novo grupo. Continuei trabalhando com música e conheci os futuros membros do que seria o Burn The Mankind.

Em 2008 nos reunimos para conversar sobre a possibilidade de formar o grupo, a direção musical que haveria, as letras, o nome do grupo e as metas a serem alcançadas. Fazer este projeto está sendo desafiador, pois ao contrario do Nephasth, em que crescemos musicalmente juntos, no B.T.M. os músicos com maior experiência éramos eu, por ter participado por 8 anos do Nephasth e o Pedro Webster, que apesar de nunca ter sido vocalista, tinha projetos paralelos, como a Indulgence, que continua em atividade.

Os outros membros, Raissan Chedid e Matheus Montenegro nunca haviam participado de nenhum grupo. Posteriormente Matheus Montenegro passou a integrar a The Ordher. No início de 2009, demos início as atividades do Burn The Mankind.



FMZ: Ouvindo os sons que a banda disponibilizou no Myspace, fica claro que se trata de uma banda de Death Metal. Porém, não só pelo cover do RxDxP, mas tomando como base alguns andamentos e riffs notam-se influências de outras vertentes do som extremo. Queria que vocês falassem um pouco dessas influências que formam o som da banda.

Pedro Webster:
A principal influência do Burn The Mankind é o Death Metal por ser o gênero mais agressivo do universo musical que faz conso
nância com nossa ideologia, a critica a existência humana. Outra forte influência do grupo é o GrindCore, por ser um som veloz e direto além de seu lado contestador e anárquico.



FMZ: Trata-se de uma banda relativamente nova (surgiu em 2009). Os shows começaram a rolar faz pouco tempo, certo? Como foi levar pro palco a Burn the Mankind pela primeira vez e como foi a resposta do público? Supriu as expectativas?

Marcos Moura:
Recentemente o grupo fez um show de estréia em Porto Alegre. Foi altamente gratificante, pois a receptividade do público foi ótima. Havia uma expectativa para conferir como seria o grupo ao vivo, pois havíamos recebido muitos elogios pela produção do EP.


Vínhamos nos preparando há algum tempo para oferecer o melhor trabalho possível, e, para um show de estréia não poderia ter sido melhor. Casa cheia, público receptivo a nossa música e equipamento de ótima qualidade.


Após o show, além das críticas positivas, recebemos convites para outros eventos os quais estamos negociando e esperamos em breve estarmos nos palcos novamente.




FMZ: Para uma banda de som extremo, como andam as coisas no Sul do Brasil? Dá se empolgar com o cenário?

Pedro Webster:
O cenário para bandas de Metal, aqui no sul, principalmente as que fazem música autoral, não está bem.


Mesmo tendo feito um show com casa cheia e de boa qualidade, infelizmente isso tem sido raro por aqui.

Frequentamos shows de outras bandas undergrounds e constatamos que não está se dando o devido valor à música extrema. Apresentações com pequena média de público, casas de shows e equipamentos extremamente precários e produtores mercenários que cobram de bandas para abrirem qualquer lixo europeu. Existem também algumas pessoas mais preocupadas em gastar dinheiro em bebidas fuleiras do que pagar ingresso para prestigiar um show underground.


Marcos Moura: Vemos também uma valorização estúpida a bandas covers e de grupos gringos, muitos deles com qualidade suspeita, com isso o público deixa de valorizar bandas undergrounds nacionais com trabalho autoral. Há uma valorização, por vezes medíocre, a meia dúzia de figurões, tanto por parte do público como da mídia especializada. A impressão que fica é que a história já foi dada, quando na verdade ela está sempre sendo escrita.



FMZ: Bom, é isso. Ficamos por aqui. Parabéns pela demo disponibilizada no Myspace e sorte para o novo projeto! O espaço é de vocês!

Burn The Mankind:
Gostaríamos de agradecer ao espaço concedido pela Latitude Zero Prod. para esta entrevista. Muito obrigado por abrir este espaço a bandas de metal extremo. O seu papel como agente ativo da cena contribui para que a história continue sendo escrita.

por: Rafael A.


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fotos: divulgação



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