sábado, 23 de novembro de 2002

Rush / Estádio do Maracanã - Rio de Janeiro

Quem diria, hein? Rush no Brasil! Faz um bom tempo que os caras pensam três vezes antes de fazer viagens como essa. Mas enfim chegou o dia. Tá legal, R$60,00 não é uma quantia digamos... rasoável. Mas acho até que a maioria das pessoas naquela fila gigantesca, que se formava em frente ao portão 19 do Estádio do Maracanã, não estavam arrependidas. Afinal, tratava-se de uma oportunidade única. Se valeu a pena ou não?

Vamos ao show:

É verdade, o Maraca não estava entupido, mas como tinha gente! Tanto no gramado quanto na arquibancada (se bem que acho um desperdício assistir um show desse de tão longe). Tá bom, a pista custava o dobro da arquibancada. Mas que um show desses tem que ser visto do mais perto possível, isso tem!

Com meia hora de atraso (na fila um bêbado jurava que os caras eram extremamente pontuais e que na altura em que estávamos não chegaríamos a tempo de ver o início do show) os caras pisam no palco. É complicado até de explicar, mas estavam ali Geddy Lee, Alex lifeson e Neil (TOCA MUITO) Peart, na minha frente! Logo de cara "Tom Sawyer", se o Maraca fosse coberto com toda certeza o teto teria vindo abaixo. Delírio total! Eram trinta anos de história diante de nossos olhos. Inspiração e competência elevados a décima potência, como por examplo na maravilhosa "YYZ", mais uma que fez o público entrar em êxtase. Ainda na primeira parte do show rolou a clássica "Close to the heart". Uma hora e meia após o início do show os caras dão uma parada de vinte e poucos minutos antes de recomeçar a "aula".

O que você imagina? Hora de tomar uma cerveja, certo? Errado! Não tinha cerveja!!! Quer dizer, tinha a tal Santa Cerva (que pra mim é algo próximo, porém não chega a ser cerveja), e a R$3,00 a latinha!!!!! O jeito é ficar a seco, né?

Quando já estava quase considerando a hipótese de um cochilo na geral do Maraca, as luzes se apagam e parece que o massacre vai recomeçar.

Mas uma hora e meia de show! Esta segunda parte do show foi mais direcionada para o último álbum "Vapor Trails" que admito: não ouvi, logo não conhecia as músicas do mesmo executadas no show. Mas pra falar a verdade saí dali disposto a caçar uma loja e comprar o novo álbum. As músicas são demais. A certa altura começa o que muitos já estavam até sentindo falta: Neil (TOCA MUITO, MESMO) Peart, solando. O set de bateria do cara parece não ter fim. O troço gira e o caramba! Besteira falar que o cara destrói, né? Técnica e velocidade em um solo sensacional. Até a Lua apareceu durante o solo do cara! Ao final, uma platéia embasbacada gritando: Nail Peart!!! Neil Peart!!!

Em seguida Geddy Lee e Alex Lifeson nos violões e depois tome paulada. As músicas do "Vapor Trails" mostraram que os caras não perderam o pique. Chega o final do show. Se teve bis? Claro, dois! Porém faltou "Fly by Night". Eu até diria: fica pra próxima. Mas duvido que haja uma próxima, de verdade. Quem viu, viu. Quanto a pergunta do primeiro parágrafo: Valeu a pena e muito!!!

por Rafael A.

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