Sangue
novo no underground carioca! Na verdade, no undergorund
Fluminense, já que esse power trio se espalha por São Gonçalo,
Zona Norte carioca e Baixada Fluminense! A Alice no Reino dos
Suricates (foto) tem muito pouco tempo de estrada, mas já
aparece como uma das gratas surpresas de nosso cenário. A sonoridade
que remete a bandas alternativas não deixa dúvidas quanto às
influências dos caras: Los Hermanos, Block Party, Yeah Yeah Yeahs,
Sonic Youth... Melhor deixar eles mesmos falarem disso, certo? Vamos
ao papo que o FMZ bateu com o baixista e vocal da banda Alice no
Reino dos Suritcates:
FMZ_ONLINE:
Pra começar, apresentem a banda pra galera que ainda não conhece:
Leandro
Tavares: Então, nós
somos um trio. Aquele tipo de banda com a formação clássica de
bateria, baixo e guitarra. A formação atual é a mesma da formação
de origem com Leandro Tavares no baixo e na voz, com o Victor
Licazali na guitarra e o Phill Fernandes na bateria. Acho
que somos mais uma das bandas que se formaram e deu certo daquele
famoso site Tô Sem Banda.
FMZ_ONLINE:
Contem pra nós como foi o começo da Alice no Reino dos Suricates.
Todos já se conheciam antes de tocarem juntos?
Leandro
Tavares: Não, ninguém
se conhecia de fato, no máximo era aquele conhecer de vista, ou
conhecer de ouvir falar de outros trabalhos. Até porque todos da
banda moram muito distantes um do outro. Eu moro em São Gonçalo, o
Victor mora na Zona Norte, em Fazenda Botafogo, e o Phill
é da Baixada Fluminense, de São João de Meriti. Apesar de existir
dificuldades de locomoção em função da distância, e de sermos
uma banda "bebê", pois estamos tocando juntos desde
dezembro de 2012, Todo começo de banda é aquela busca incessante
por uma identidade, aquela busca pelo "diferente", e
conosco não é diferente, estamos ainda na fase de fazer
experimentos, pegar aquele gás de construir um público e a cada
ensaio, e cada show que pelo menos uma pessoa sai satisfeita com
nosso som, já é um bom passo dado
FMZ_ONLINE:
Falando de som agora: A banda mostra claras influências de Rock
Alternativo, Indie Rock e bandas do gênero. Quais os
nomes que mais influenciam as composições, arranjos, enfim?
Leandro
Tavares: É muito difícil
responder essa pergunta, porque apesar de sermos só três, somos
três que ouvem ao mesmo tempo muita coisa parecida e muita coisa
diferente ao mesmo tempo. Mas nós vemos essa pergunta ser respondida
em separado, em cada função se nota isso de forma mais clara.
Bandas como Sonic Youth,
Yeah Yeah Yeahs e
Bloc Party se nota na
guitarra. No baixo não existe uma banda em especial que traz uma
lembrança, mas temos procurado escutar os baixos do Muse,
e de sons de Country
e Bluegrass
por exemplo, Johnny Cash
é um bom alvo, e o primeiro disco do Kings of Leon
também. Na bateria, um pouco de Artic Monkeys,
de Queen of the Stone Age,
Kings of Leon
presente também. Mas mesmo assim, a gente escuta muita coisa juntos,
Ramones, The
Subways, Nação
Zumbi, Los Hermanos,
The Smiths, Blood
Red Shoes, The Kooks,
e mais um milhão de coisas estão presentes de alguma forma na nossa
música.
FMZ_ONLINE:
Ouvindo o material que vocês disponibilizaram na internet nota-se um
cuidado no que diz respeito a arranjos, efeitos... Como funciona o
processo de composição, de criação de vocês?
Leandro
Tavares: Geralmente funciona da
seguinte forma: A música é gravada com violão e voz. Em seguida é
apresentada para a banda, se todos gostam, vamos pro estúdio,
ouvimos juntos uma ou duas vezes e passamos a criar uma espécie de
esqueleto de cada música. Gravamos o que ficou meio que arquitetado
no ensaio e cada um, individualmente, cria algo, trabalha melhor a
música. Geralmente ficam prontas com um ou dois ensaios. Gostamos de
ter cuidado em não deixar espaços vazios nas músicas, preencher
bem com a guitarra, diversificando efeitos.
FMZ_ONLINE:
Trata-se de uma banda nova, como está o processo de agendamento de
shows, a coisa de levar a banda pra rua? Vocês tem sentido uma boa
abertura pra banda mostrar seu trabalho?
Leandro
Tavares: A cena de Niterói é
muito atraente pra nós, mas não sabemos explicar por que razão
estamos vendo um pouco de dificuldades de agendamento de shows por
lá. Ao contrário a cena da Baixada tem sido muito receptiva, o
público tem respondido de forma instantânea, e de forma positiva. É
difícil responder porque em um determinado lugar é mais fácil do
que outro, mas de acordo com o planejamento, está dentro da média
que a gente previa. Quanto mais tocarmos, melhor, não importa onde,
e não importa em que condições.
FMZ_ONLINE:
O material lançado por vocês está disponível penas em formato
virtual, certo? Há planos para um lançamento em formato físico?
Leandro
Tavares: Sim, estamos gravando
um EP
com quatro músicas, que tem previsão de ficar pronto e disponível
tanto fisicamente quanto virtualmente na segunda quinzena de abril.
Estamos ansiosos e com boas perspectivas pra a partir do lançamento.
O material físico, hoje em dia as pessoas não valorizam tanto, por
isso, a gente vai levar pra venda nos shows, sem valor estipulado,
quem quiser pagar um real ou mil reais é válido.
FMZ_ONLINE:
E com relação ao cenário independente? O que tem chamado a atenção
de vocês ultimamente? Muitos nomes interessantes surgindo?
Leandro
Tavares: Bastante! A gente hoje
tem a tecnologia que nos trás muita coisa boa de se ouvir, mas nada
se compara a chegar em um lugar, e se deparar com uma banda onde a
gente muitas vezes não espera nada, e acaba se surpreendendo. Bandas
de diversos tipos de som, umas que deixaram de ser totalmente
independentes, etc... Podemos citar a Colombia Coffee,
Noras de Newton, Tipo
Uísque, VIT,
a Frogslake, Gente
Estranha no Jardim, Lisbela,
Covil do Lobo.
FMZ_ONLINE:
E quais os planos para o futuro?
Leandro
Tavares: Como havia dito
anteriormente, queremos tocar. Com o EP
em mãos, acho que tudo vai ficar muito mais acessível pra nós.
Queremos fazer um público fiel, expandir nossa música, se possível
tocar fora do Rio ainda nesse ano.
FMZ_ONLINE:
É isso! Valeu pelo papo. Nos vemos no Rock na Garagem dia 27! Algum
recado final?
Leandro
Tavares: Sim, sempre é bom
deixar um recado! Convocamos todo o estado do Rio de Janeiro para o
Rock na Garagem, esperamos
fazer uma boa apresentação, deixar uma boa impressão, e voltar pra
tocar em muitos outros Rock na Garagem.
Não importa se estamos tocando no quintal de casa ou no Madison
Square Garden, queremos tocar,
tocar bem e construir coisas boas para a nossa carreira. Convidamos
também todos a conhecerem nosso trabalho virtualmente através do
Facebook, do
Soundcloud, do OiNovo Som.
por:
Rafael A.
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