domingo, 14 de outubro de 2007

3° Underground Festival


Clube Mauá
(São Gonçalo)

75 BANDAS – 15 DJ’S



° Underground Festival 3° Underground Festival

Enfim, mais uma edição do evento que uma vez por ano reúne uma penca de bandas espalhadas em uma penca de palcos tocando ao mesmo tempo. E isso sem contar os dj’s, stands e todo tipo de figura estranha circulando no meio dessa confusão toda! Apesar do evento ter sido adiado do último domingo de setembro pra esse dia 14 a expectativa ainda era de ótimo público no Clube Mauá (que, sinceramente, é um dos lugares mais estranhos onde já entrei – perguntaram até se meus cigarros seriam postos a venda). Enfim.

Lá dentro, algumas expectativas confirmadas: Sim, havia todo tipo de figura estranha circulando de um lado para o outro. A feira alternativa desta vez ficou bem bacana, apesar do número reduzido de expositores. E só rolaram quatro dos cinco palcos programados. Óbvio que não daria pra resenhar o show de todas as bandas que participaram, então vamos falar de alguns destaques do evento, ok? A galera que veio de Teresópolis, Região Serrana do RJ, fez bonito: Nuestro Sangue e Aftazardem, no palco hardcore fizeram apresentações impecáveis! A primeira apresentou um metalcore de primeiríssima, já a segunda teve seu ponto alto no cover de Centro do Pica Pau Amarelo da clássica Gangrena Gasosa. Do outro lado do clube, no palco do metal a Unliver também fez uma bela apresentação apesar de não ter sido prestigiada por muitos dos presentes. De volta ao palco hardcore (que foi, de longe, o mais interessante do evento apesar de algumas bandas completamente deslocadas) a Kombi que Pega Crianças subiu com jogo ganho só pra variar. Daí, foi só administrar o resultado e agitar o povo com sons como Pokémon e tantas outras já conhecidas da galera.

Outras que conseguiram bons resultados foram Segundo Quarto, Shar, Seu Miranda, Sem Nada (ótimo show, que o público ignorou pra rebolar ao som de um dos dj’s) e Ckuela. Óbvio que não rolaram as 75 bandas prometidas na divulgação do evento, e é claro que a falta de um dos palcos meio que embolou o meio de campo (deixando bandas completamente deslocadas em palcos que não tinham nada haver com seu som), mas uma coisa marcou quem prestou um pouco de atenção no que rolava no Clube Mauá nesta tarde de domingo: Ao menos pra mim, soa patético e altamente desestimulante (pra alguém que trabalha no meio underground) perceber que a maioria do público presente estava mais afim de se contorcer ao som das músicas executadas pelos dj’s do que curtir os shows das bandas. Sei lá, não consigo compreender o que passa na cabeça dessa galera nova, não mesmo. Pra não descer o nível da resenha: Ridículo!

Enfim, pelos meus cálculos cerca de 30 bandas se apresentaram. Algo em torno de 5 ou 6 dj’s tocaram (embora apenas um deles, o último que vi, tenha se preocupado em tocar algo de relevante). O público não foi, de longe, o esperado e não rolaram bandas que não só eu, mas boa parte da galera estava afim de ver, como a Norte Cartel. Ainda assim foi uma tarde agradável; cansativa, porém agradável. Encontrar um monte de gente e tomar umas cervejas. Ao que tudo indica ano que vem tem outro. Vamos ver no que dá.

por Rafael A.


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