sábado, 1 de dezembro de 2007

Festival Araribóia Rock 3 anos – Edição Bar do Blues

Festival Araribóia Rock 3 anos – Edição Bar do Blues

Bar do Blues (Zé Garoto, São Gonçalo)


Festival Araribóia Rock 3 anos – Edição Bar do Blues

MOPTOP – CORVETT’S – LÁUDANO – CKUELA – BEZOUROS VERDEZ – LUMINO – FULL HOUSE



Festival Araribóia Rock 3 anos – Edição Bar do Blues

Até onde deu pra entender, o Movimento (esse termo é complicado...) Araribóia Rock está completando três anos e, aproveitando a ocasião, promovendo eventos comemorativos em Niterói e São Gonçalo. A edição gonçalense, inclusive, rolando no Bar do Blues com direito a show da ‘banda cover de Strokes menos parecida com banda cover de Strokes’, se é que vocês me entendem... E é por isso que, há algumas horas atrás (esta resenha está sendo escrita por volta das seis da manhã por motivos de insônia – já, já vocês entendem), este que vos escreve rumava para o Bar do Blues. Pois então...

As nuvens que teimavam em correr uma na direção da outra prometiam uma chuva de respeito, que acabou não vindo. Seja pela chance real de uma tempestade ou por qualquer outro motivo que o valha, o fato é que o público no Bar do Blues era bem menor que qualquer previsão que pudesse ser feita antes do evento. E foi com pouquíssimas pessoas presentes que, sem nome indicado na divulgação, a banda Edição Limitada subiu ao palco com a missão de abrir os trabalhos no evento de três anos do Araribóia Rock. O pior é que nem dá pra falar muito do show dos caras. Vejam bem: A galera da Edição Limitada se limitou (trocadilhos...) a executar covers de Strike, NXzero e afins. Apesar do show tecnicamente aceitável, ficou faltando alguma coisa. Só cover não dá, né? Na seqüência, o momento lamentável da noite (ou seria da década?): Nada pessoal, ok? Um grupo de jovens tomou o palco sob a alcunha de Full House. Até aí vai. Ninguém tem a obrigação de escolher um nome bacana pra própria banda. É coisa deles, certo? Porém, a versão (seria uma versão?) completamente equivocada de Quem Sabe? da Los Hermanos denunciava que o nome da banda não era a única coisa de mal gosto ali. Seguiram-se momentos, no mínimo, constrangedores: Helter Skelter, dos Beatles, foi trucidada sem a menor cerimônia. Uma canção de Nando Reis teve o mesmo fim trágico e, não satisfeitos, ofenderam os fãs de Pink Floyd presentes com uma (a)versão ridícula de Wish You Are Here (aliás, a tentativa patética de solo daquele rapaz com a guitarra pendurada no pescoço me deixou definitivamente irritado...). Deu pra entender o motivo de minha insônia agora (tenho medo de ter pesadelos com o que eu vi...)? Ufa! E até aqui foram só duas bandas, né?

A idéia era falar de todas as bandas (não que todas merecessem, que fique claro). Só que, nesse momento do show, e já com um público razoável, começou a rolar a tal pista Juicebox. Nem tenho a pretensão de analisar os sets dos digníssimos disquejóqueis. O problema é que, preso ao ofício de expositor, este que vos escreve ficou impossibilitado de conferir qualquer outra apresentação que fosse. Já que a ‘pista’ tratou de interromper qualquer contato com o show que rolava lá embaixo. Nesse meio tempo Ckuela, Besouros Verdez e Láudano se apresentavam. Esta última, pelo que pude conferir numa ida ao banheiro, com uma bela resposta por parte do público diante de seu Rock com ar inglês. Ainda deu tempo de assistir ao bom show da banda Corvett’s, mostrando canções açucaradas, e transbordando romantismo (óbvio, né?), recheadas de influências de anos 60, tipo Ramirez e coisas do gênero. Boa apresentação. E pra fechar a noite... THE BEST OFFICAL BRAZILIAN STROKES COVER!!! Ué! Não era cover? Sei lá, parecia. O fato é que a atração principal, anunciada como MopTop (eu mantenho a teoria do Strokes Cover) executou, razoavelmente bem, os sucessos ‘inesquecíveis e eternos’ dos Strokes! Se não eram versões em português, passou bem perto. Vai entender esse povo...

Continuo achando muito estranho (e triste) ver a ‘galera underground(?)’ rebolando na ‘pista’ enquanto bandas sobem no palco pra mostrar seus trabalhos. Só que desta vez, algumas bandas literalmente pediram pra serem ignoradas. Sou até obrigado a concordar que, pra ver determinadas coisas (Full House, entre elas) em cima do palco, é melhor sacudir o esqueleto na ‘pista’. Patético, porém compreensível. No final das contas: Evento ok! Tudo que foi prometido rolou e, se o público não foi o esperado, fez sua parte tanto na frente do palco quanto na ‘pista’. Se a idéia era comemorar os três anos do Araribóia Rock, e se a idéia do AR é ser um reflexo do que anda rolando no meio independente, conseguiram. Missão cumprida, ao menos por enquanto. Agora, que a coisa tá feia, isso tá. Parabéns ao Araribóia Rock! Que venha a edição Niterói!

por Rafael A.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caraca,hein, Bobó! Vai acabar arranjando um monte de amigos fazendo resenha assim! Até o Tio Satan tá muito mais 'paz e amor' que tu! hahahahaha

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