sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Poeminha de final de ano


Esse ano, como todos os outros, foi o ano dos moralistas, escrotos e bitolados. Falsos revolucionários preocupados com a estética imposta, querendo fazer parte do clube dos artistas, do clube dos inteligentes. Acho simplesmente ridícula essa estética imposta, minuciosamente estudada para impressionar os olhos dos sensíveis. Todos querendo deixar seus nomes na história, querendo ser inteligentes. Quanta babaquice. Quanta coisa ridícula. Acorda porra! Vocês são só mais uma peça do jogo. Eu? O que tem eu? Se sou uma peça também ou se estou a cima? Nem a cima, nem a baixo. Estou pouco me fodendo. Não vou ler nem reler nada que escrevi aqui. Erros gramaticais? Foda-se. Não respeito estéticas ou conceitos. Quem não entender é porque depende desses conceitinhos de merda para entender. Mesmo os que gostam de fazer de conta que estão a margem estão querendo arrumar um jeito de entrar. Querem ser percebidos. Tenham um mínimo de vergonha na cara. Tenham coragem de lutar contra de verdade, ao invés de viverem esse faz de conta ridículo. Acorda porra! Poesia é para babaca, artes plásticas é para babaca, musicalidade é para babaca. Seu nome não vai ficar para a história. Você é um inseto como todos os outros. Apenas mais um macaco de imitações querendo achar a brecha para entrar. Todos querendo achar um guru bonzinho, todos querendo ser inovadores... Quanta escrotidão. Mandar tomar no cu mil vezes seria pouco. Nem vou gastar mais minha saliva ou meu ódio com vocês. Vou dar uma vomitada e depois dormir. Dormir o sono da cachaça, da revolta real, dos que já estão enjoados de tanto faz de conta. É cada um se agarrando com seu ponto de vista como se fosse a verdade. Pobres diabos.


por Fábio da Silva Barbosa

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